Tiago Pérez, do Foro Social de Cangas, é detido novamente por efectivos da ‘Guardia Civil’ por opor-se ao porto do Salgueirom

A falta da razom ética e legal, a aposta da ‘Subdelegación del Gobierno de España’ em Ponte Vedra e da ‘Guardia Civil’ no conflito vizinhal contra o porto desportivo de Massó parece ser a repressom. Nesta manhá foi detido novamente o vizinho de Cangas e membro do Foro Social Tiago Pérez. Pérez é acusado dum ‘delito’ de “coacçons” por fazer parte do grupo de vizinh@s que, dia após dia, se concentram contra a construçom do porto desportivo ilegal. A detençom de Tiago Pérez produziu-se por volta das 09:00 h. de hoje e, segundo as informaçons de que dispomos à hora de redigirmos esta informaçom (17:23), acontecia pouco depois de que efectivos da organizaçom militar espanhola se personassem na zona em que Caixanova e Marina Atlántica construem o porto desportivo. O activista do Foro Social de Cangas, que já foi detido recentemente junto a outros dous activistas contra o porto desportivo do Salgueirom, encontraria-se neste momento no quartel da ‘Guardia Civil’. O concelheiro de Urbanismo canguês e dirigente da formaçom independentista FPG, Mariano Abalo, que estava presente quando se produziu a detençom, explicou que o arresto de Tiago Pérez aconteceu na área onde actualmente se desenvolvem os trabalhos ilegais de construçom do porto desportivo. Abalo denunciou publicamente a “evidente sincronizaçom total” entre os agentes do instituto armado e a empresa construtora, dado que, segundo afirmou, os números da ‘Guardia Civil’ “vinham com ordem clara de que se trabalhasse a toda costa” na zona onde se está a construir. Segunda detençom Trata-se da segunda vez que o membro do Foro Social de Cangas é detido pola ‘Guardia Civil’ por participar na oposiçom vizinhal à obra que Caixanova e Marina Atlántica realizam na antiga fábrica de Massó. Tiago Pérez já fora arrestado e conduzido ao quartel em 1 de Junho passado, ficando em liberdade com cárregos junto a outros dous detidos. A total implicaçom da ‘Guardia Civil’, às ordens de Delfín Fernández, para que a construçom ilegal do porto desportivo vaia avante, dá umha medida da importáncia que as autoridades espanholas –‘Delegación del Gobierno de España’ e ‘Puerto de Vigo’- concedem a esta obra como um chanço essencial no processo de turistificaçom do Morrraço. Assim, é o próprio titular de Urbanismo canguês, Mariano Abalo, quem reconhece que neste momento “há poderes que governam Cangas por cima da própria corporaçom municipal”. De facto, a maioritária oposiçom popular à obra, demonstrada em periódicas mobilizaçons massivas, numha resistência social que dura anos e na existência dum governo local que chegou à alcaldia graças à promessa de paralisar o projecto, fôrom incapazes de paralisar o desenvolvimento dumhas obras que, neste momento, som viáveis graças à violência que pratica a ‘Guardia Civil’. É neste diagrama de forças legais e ilegais, pacíficas e violentas, que agem no “Conflito de Massó” que no passado 9 de Junho se produzia o ataque incendiário a um caixeiro de Caixanova em Cangas atribuido a ‘Resistência Galega’ desde diversos meios de difusom.