Detidos em Cangas saem em liberdade acusados de “coaccionar” a empresa construtora que realiza umha obra ilegal

Os três detidos em Cangas do Morraço nesta manhá fôrom postos a disposiçom judicial por volta das 15:00 h. da tarde após passarem seis horas no quartel da ‘Guardia Civil’ da vila. Aurélio L. saiu com cárregos de “coacçons” à empresa que está a realizar um aterramento ilegal na praia do Salgueirom para construir um porto desportivo. Tiago P., do Foro Social de Cangas, foi denunciado também por “coacçons” e “desobediência à autoridade” e, por último, A. Sangabriel, que se achegou ao quartel para solicitar informaçom sobre os anteriores, foi acusado também de “coaccionar” a empresa que realiza o aterramento ilegal do Salgueirom. Doze pessoas concentravam-se por volta das 07:00 h. desta manhá no peirao canguês de Massó, respondendo ao chamado realizado onte em Vigo polo Foro Social na mobilizaçom da rede ‘Galiza nom se vende’. As obras de aterramento da praia do Salgueirom e da área litoral próxima carecem de licença de obra, de orçamento e, incluso, de data de início e remate oficiais. Contodo, a absoluta precariedade legal do projecto nom é obstáculo para que o instituto armado espanhol defenda a sua continuidade e chegue incluso a deter vizinhos que se oponhem à comissom desta flagrante ilegalidade. Ocupaçom policial A primeira hora do dia era apenas umha ‘pareja’ de agentes do corpo repressivo espanhol quem se deslocaram ao lugar, dando ordens aos operários para que encendessem as máquinas e procedessem ao reinício do aterramento. A oposiçom d@s concentrad@s fijo com que ambos ‘números’ exigissem a sua documentaçom produzindo-se a conduçom de Aurélio L. ao quartel “para comprovar os dados” que este achegara oralmente. A “confirmaçom” durou mais de umha hora e, após receber-se umha chamada no quartel, era informado de que estava detido por “coacçons” à empresa que constrói o porto desportivo. A continuaçom chegava à instalaçom militar Tiago P., porta-voz habitual do Foro Social de Cangas e, finalmente, A. Sangabriel, também do Foro, detido quando se aproximou do quartel para solicitar informaçom sobre o estado dos companheiros. Um dos detidos assegurou nesta tarde ao nosso portal que um agente do instituto armado comentava que as detençons “tenhem muito conteúdo político” e afirmava que os promotores da obra ilegal “querem cabeças de turco” sobre a oposiçom vizinhal a esta infraestrutura de luxo que, de ir adiante, liquidará a praia do Salgueirom e um dos bancos marisqueiros mais importantes da comarca morracense e da Ria. Concentraçom de denúncia Após produzirem-se as detençons, testemunhas presenciais asseguram que a área de Massó inçou-se de agentes da ‘Guardia Civil’. Recordamos que as obras para a construçom do porto desportivo levam paralisadas aproximadamente há dous anos devido à oposiçom vizinhal e que, a partir da semana passada, se reanudavam os trabalhos, assim como a concentraçom da vizinhança que defende O Salgueirom e denuncia a construçom do porto desportivo ilegal. Marinheiros e Foro Social de Cangas anunciárom para esta tarde umha concentraçom a partir das 18:30 h. nas antigas instalaçons da conserveira Massó em Ponta Baleia para denunciar tanto a construçom do porto desportivo ilegal como o incremento da repressom contra @s defensor@s do litoral da comarca. Posteriormente, a mobilizaçom deslocará-se até o centro da vila. Juízo rápido e concentraçom A premura da ‘Subdelegación del Gobierno de España’ em Ponte Vedra que se leve avante o aterramento ilegal no Salgueirom fijo com que, além da reanudaçom das obras e o reinício da política de detençons, os três vizinhos detidos nesta manhá sejam processados nas próximas 24 horas num novo juízo rápido. A sincronia entre a actuaçom governamental, policial e judicial indica com claridade por onde poderia avançar o conflito nos próximos dias. Vizinhos e associaçons vinculadas à rede A Ria nom se Vende convocárom para amanhá às 12:00 h. umha concentraçom ante os julgados de Cangas para exprimir o seu apoio aos três processados.