Laura Bugalho saiu em liberdade nesta tarde depois dumha vaga de solidariedade e dignidade mobilizadas na rua

Por volta das 16:00 h. da tarde de hoje saia em liberdade a sindicalista galega Laura Bugalho após passar quase 48 horas em dependências policiais e judiciais. Desconhece-se, segundo as informaçons que manejamos neste momento, que a trabalhadora da CIG fosse imputada por qualquer actuaçom tipificada como delitiva polo actual ordenamento penal. Dezenas de pessoas concentrárom-se desde as 11:00 AM ante o edifício dos Julgados da capital galega para presionar em favor da liberaçom de Laura Bugalho. A detençom de Bugalho produzia-se na tarde de antonte por efectivos das FSE sob as directrizes da ‘Subdelegación del Gobierno de España’ na Crunha e devemos entender que, em última instáncia, de Antón Louro, ‘Delegado del Gobierno de España’ na Galiza administrativa. As acusaçons que pesam sobre a companheira parecem residir na facilitaçom de trámites legais para os permissos de residência de trabalhador@s imigrad@s no nosso País. Dizer apenas que, dumha óptica de defesa da classe trabalhadora galega, for originária, for residente, consideramos que todas as actividades rumadas a fazer mais efectiva essa defesa frente aos mecanismos da exploraçom e a privaçom de direitos merecem todo o nosso respeito, legitimaçom e reconhecimento e devem ser analisados nom como um assunto ou prática “pessoal”, mas como umha “prática de classe”. Segundo informa o diário madrileno ‘El País’ em declaraçons que atribue a Miguel Fernández, presidente da ONG Foro Galego de Imigraçom, a ‘falsidade documentária’ que a Polícia espanhola atribue à sindicalista seriam “pequenas irregularidades formais” que soem realizar as ONGs para ajudar pessoas imigrantes na tramitaçom dos seus papéis. Fernández assegurou que “estamos anonadados” ante a operaçom policial e exprimiu a sua solidariedade com Bugalho. Em idênticos temos pronunciou-se o Movemento pola Base, organizaçom independentista na que milita a sindicalista galega. Segundo MPB, o único ‘delito’ da militante é “apoiar as pessoas imigrantes”. Solidariedade a pé de rua Por volta de 150 pessoas concentrárom-se onte na Praça do Toral de Compostela para exigir a imediata liberaçom de Laura Bugalho, quando se encontrava sequestrada nos calabouços da Polícia espanhola da rua Rodrigo de Padrom. A concentraçom ante as dependências do corpo policial, que foi gravada mais umha vez por [GZvídeos], pode visionar-se no sítio web deste colectivo de jornalismo gráfico. Contodo, a pressom social nom logrou a posta em liberdade de Bugalho que só foi conduzida aos julgados de Compostela antes das 11:00 AM de hoje. A essa hora umhas trinta pessoas concentravam-se detrás dumha faixa com a legenda ‘Defender imigrantes nom é delito” para, novamente, exigir a liberdade sem cárregos da sindicalista com umha trajectória mais que contrastada de compromisso e honestidade na defesa da classe trabalhadora galega. Polícia e juízes prolongárom os trámites burocráticos até a tarde de hoje, ficando Laura Bugalho em liberdade embora se desconhece se, finalmente, será imputada pola comissom dalgum ‘delito’. Silêncio e desmarcagem pública por parte da CIG A página web oficial do sindicato nacionalista CIG guardou desde a detençom de Laura Bugalho um hermético silêncio. De facto, apesar do carácter extraordinário da informaçom, o web sindical nom oferece nengumha informaçom a respeito da detençom da sindicalista galega. Este supressivo silêncio complementa-se, por outra parte, com outra informaçom chamativa que oferece o rotativo espanhol ‘El País’. Segundo publica o diário madrileno nas páginas de ‘Galicia’ da ediçom de hoje, a central nacionalista “desmarcou-se do assunto” e recordou que “a denúncia nom vai contra o sindicato” (sic). Fontes da central nacionalista nom desmentírom estas declaraçons que lhe atribue o rotativo de Madrid. O silêncio da central galega resulta ainda mais inexplicável se trazemos em conta que foi objecto no dia de onte dum registo ilegal por parte de efectivos da Polícia espanhola que, segundo as nossas informaçons, nom apresentárom a preceptiva ordem de registo necessária para as FSE entrar num domicílio ou propriedade privada. Este extremo também nom foi denunciado por parte da central sindical nacionalista apesar de que, além da ilegalidade, os citados agentes requisárom diverso material informático e documentaçom que som propriedade exclusiva da central nacionalista. Pronunciamento público do MPB A organizaçom independentista Movemento pola Base publica nesta tarde um comunicado na sua página web em que se solidariza abertamente com Laura Bugalho, qualifica a detençom de “caça de bruxas contra aqueles sectores da sociedade galega solidários com as pessoas imigrantes” e refire-se em duros termos à maioria da direcçom do central nacionalista, acusando-a de ter mantido nestas horas “umha posiçom de covardia” e de ter negado “o seu apoio público e formal à nossa companheira, favorecendo o clima criminalizador contra Laura”. O texto na íntegra aparece em http://www.polabase.net/jos_content/20090528/laura-bugallo-xa-esta-en-liberdade. Exprimir por último a nossa satisfacçom pola liberdade da companheira e, mais umha vez, umha denúncia contundente e sem paliativos da política de repressom que autoridades políticas, policiais e judiciais estám a aplicar a dezenas de sindicalistas galegas e galegos polo simples facto de estarem à altura da situaçom de incremento da exploraçom e a precariedade que enfrenta a Classe Trabalhadora Galega. LAURA BUGALHO, LIBERDADE! A LUITA CONTINUA! STOP REPRESSOM SINDICAL!