Sindicalista da CIG sobre o que pende umha condena a prisom afirma que “para mim é um orgulho defender as classes populares”

Poucas vezes escuitamos vozes tam claras quando a repressom aperta como a de Xesús Anxo López Pintos, secretário comarcal da CIG de Ferrol sobre o que pende umha condena a mais de 5 anos de prisom polo seu trabalho sindical. O juízo contra este dirigente sindical ficou onte visto para sentença após celebrar-se a quarta sessom do processo iniciado no passado 4 de Abril. A acusaçom contra Pintos é a de agredir, supostamente, um agente da Polícia espanhola durante as brutais cárregas que este corpo repressivo praticou em 2001 na praia da Barca de Mugardos contra mariscadoras que participavam num conflito laboral. Fiscalia e acusaçom particular mantivérom as suas petiçons de dous anos e meio e cinco anos e 3 meses de prisom, respectivamente. A quarta sessom do juízo reuniu mais umha vez nos julgados de Ferrol por volta de 200 mariscadoras e delegad@s e filiad@s do sindicato nacionalista, que despregárom umha faixa com a legenda ‘Xulgan sindicalistas, medran os escravistas” para exprimir a sua solidarizárom ao secretário comarcal da CIG. A última vista do processo serviu para dar voz às testemunhas apresentadas pola Polícia espanhola: oito mulheres vinculadas a Oliva Bonome, presidenta da Confraria de Mugardos na altura dos factos e causa do conflito laboral das mariscadoras. Trás oito anos, tanto a Fiscalia, como a acusaçom particular, que correu a cárrego dos serviços jurídicos da administraçom autonómica, mantivérom as suas respectivas petiçons de condena por um presunto “atentado contra agente da autoridade” espanhola e a comissom de “lesons”: dous anos e meio de prisom no primeiro caso e cinco e meio no segundo, além de 20 fins-de-semana de arresto e o pagamento dumha sançom económica que está por volta de 6000€. “Surpreende” neste caso a beligeráncia da acusaçom particular, que reclama medidas punitivas muito superiores às da própria Fiscalia e que dá a este processo, além do seu carácter repressivo e exemplarizante, tintes de vingança política contra López Pintos. Repressom sindical e alegato do processado O secretário comarcal da CIG riscou o processo de “persecuçom sindical” já que ele é a única pessoa vinculada a umha central à que se atribuem os citados cárregos penais. Tanto Pintos como a defesa destacárom a multidom de contradiçons em que incorrérom os polícias e as testemunhas achegadas por estes. Simultaneamente, o sindicalista apontou que o Ministério Fiscal nom tivo em conta a denúncia apresentada por um grupo de mariscadoras pola selvajada policial cometida em 18 de Setembro de 2001 na praia da Barca contra dezenas de mariscadoras. “Nom me arrependo de nada”, declarou López Pintos afinal da vista num alegato no que defendeu a sua participaçom no conflito das mariscadoras. O sindicalista recordou que “enquanto uns só procuram fazer-se ricos, eu defendo as classes populares” e apontou também que, poucos dias após as cárregas, o titular autonómico de Pesca tivo que demitir e o conflito resolvia-se numha semana. “Sinto-me orgulhoso do meu labor, para mim é um orgulho defender as classes populares”, concluiu ante o aplauso emocionado d@s presentes que, maioritariamente, eram mulheres implicadas no conflito de 2001.