Seis novos activistas pró-galego som imputados na causa aberta polos protestos contra a mobilizaçom de ‘Galicia Bilíngüe’

Quando o conflito lingüístico que enfrenta este País por causa da imposiçom histórica do espanhol sobe vários graus de temperatura, a administraçom espanhola de Justiça anuncia a imputaçom de seis nov@s defensor@s da língua galega no processo aberto polos incidentes da manifestaçom de 8 de Fevereiro. ‘Galicia Bilingüe’, o governo municipal PSOE-BNG de Compostela e a própria Gloria Lago, porta-voz da associaçom partidária da reduçom do galego a umha língua para usos coloquiais, conformam a múltipla acusaçom particular contra @s defensores da língua nacional. Neste momento, trás os incidentes de 8 de Fevereiro e a detençom produzida em Ourense no dia seguinte, eram 11 @s activistas pró-galego encausad@s por exprimirem o seu protesto contra a marcha apoiada por vários grupos de utradireita espanhola –PP, UPyD, La Falange, UCE, etc.- que nessa data reivindicaram a aboliçom dos limitados avanços legais obtidos pola língua galega nos últimos anos e o supremacismo absoluto do espanhol em todos os ámbitos públicos. @s detid@s e imputad@s fôrom: Bernardo M. Narciso V. Alexandre B. Diego S. Breixo L. Laura A. Abraám A. Daniel Alexandre R. Carlos M. Santiago M. Roberto C. O processo aberto contra todas estas pessoas ainda está em fase de instruçom, com o que de momento nom existem tipos delitivos atribuidos individualmente a cada um/ha d@s onze activistas. No entanto, a modo orientativo sabemos, à espera da individualizaçom das acusaçons, que os tipos delitivos que aparecem nas denúncias apresentadas e nos atestados policiais apontam para as seguintes acusaçons que, como apontamos, se confirmarám umha vez rematada a fase de instruçom: – ‘Atentado contra a autoridade’, sancionado com umha pena de 1 a 3 anos de prisom através do art. 550 do ‘Código Penal’ – ‘Desordens públicas’, de 6 meses a 3 anos de cárcere através do art. 557 do ‘Código Penal’ – ‘Danos’, sancionáveis com multa económica de 6 a 24 meses através do art. 263 do ‘Código Penal’ ou, de aplicar-se o art. 264 do citado código, de 1 a 3 anos de prisom e multa de 6 a 24 meses – ‘Obstaculizaçom do direito de manifestaçom’, tipo delitivo sancionável através do art. 514.4 do ‘Código Penal’ com ingresso em prisom de 2 a 3 anos e sançom económica de 6 a 12 meses Seis nov@s imputados Fontes da 62 de Advogados do organismo assegurárom a este portal que por parte da Polícia espanhola se está a desenvolver umha investigaçom “muito exaustiva ” dos factos de 8 de Fevereiro e que esta, a cada dia, “vai aumentando”. Este facto indicaria, em si próprio, que por parte dos responsáveis políticos das FSE, com o novo ‘Delegado del Gobierno de España’ Antón Louro à cabeça, existe interesse político neste processo judicial que se inicia num clima de agressom institucional e mediática contra os limitadíssimos avanços legais experimentados polo galego nos últimos quatro anos. Assim, diversas fotografias presentes na instruçom fôrom utilizadas para incriminar neste processo judicial seis activistas além d@s detid@s em 8 de Fevereiro. @s novos imputad@s na causa, com os que se totaliza um número de 17 processad@s no procedimento abreviado 515/09, estám chamados a declarar no próximo 17 de Junho e som: Giana R. Roberto R. Aurélio L. Joám P. Daniel L. Maurício C. Segundo as informaçons que manejamos neste momento, @s quatro primeiros novos imputad@s estariam-o por actuaçons recolhidas nos tipos delitivos atribuidos aos onze detid@s de 8 e 9 de Fevereiro, enquanto Daniel L. e Maurício C. estariam-o por serem, supostamente, responsáveis de páginas web desde as que se “incitou” à comissom dos delitos resenhados. Judicializaçom de portais independentistas A vaga repressiva contra o movimento normalizador, que salpica praticamente todo tipo de sensibilidades políticas, centros sociais, comarcas e organizaçons e colectivos de diverso tipo, afecta também vários meios electrónicos de comunicaçom que nos dias prévios e posteriores à mobilizaçom polo extermínio do galego oferecêrom informaçom constrastada do desenvolvimento dos acontecimentos. Assim, para além das páginas web de PL e Nós-UP, a Justiça espanhola estaria tratando de localizar infrutuosamente @s responsáveis dos portais galizalivre.org e Galiza Indymedia. Constatamos, portanto, a amplitude da iniciativa política que se cozinha neste momentos nos julgados da capital galega contra o movimento normalizador e como, independentemente da concreçom final desta fase de instruçom, os meios de comunicaçom alternativos –únicos que nom criminalizárom e distorsionárom os acontecimentos de 8-F e permitírom contrarrestar a unanimidade informativa da jornada- já fôrom colocados no ponto de mira sob a acusaçom de “incitarem” os acontecimentos de 8 de Fevereiro em defesa da língua nacional. Acusaçom múltipla À margem das pesquisas que neste momento desenvolve a Polícia espanhola, a acusaçom particular à que se enfrentarám @s activistas de 8-F, que é a mesma que solicita condenas de prisom para @s processad@s e a imposiçom de sançons que facilmente podem alcançar dezenas de milhares de euros, está conformada polo Ministério Fiscal e, nesta ocasiom, somam-se também a associaçom anti-galego ‘Galicia Bilingüe’; a sua presidenta e professora viguesa de Inglês Gloria Lago e o Governo municipal bipartido PSOE-BNG da capital galega. Desconhecemos à hora de publicarmos esta informaçom que por parte da formaçom política Bloque Nacionalista Galego, participante na acusaçom como parte do Governo local compostelano, houvesse qualquer desmarcagem pública a respeito deste processo repressivo dado que, além de se tratar claramente dum processo político contra o movimento pola normalizaçom integral do nosso idioma, vári@s militantes do BNG estám também imputad@s no mesmo. Por último, a “responsabilidade civil” polos danos imobiliários atribuidos aos activistas, embora ainda nom se pode quantificar exactamente, ronda os 3000€ que @s processad@s deveriam abonar “solidariamente”. Macro-processo contra a defesa da língua galega O julgamento que resulte da presente fase de instruçom sentará nos Julgados da capital da Galiza um amplo abano de pessoas e sensibilidades que trabalham na defesa do nosso idioma no que será, provavelmente, o juízo com mais activistas encausad@s na história do conflito lingüístico que suporta este País. À espera da concreçom e individualizaçom das acusaçons, de Ceivar chamamos a nom dar um só passo atrás na defesa da língua galega e a manter a linha de firmeza ante quem, apoiando-se em instituiçons políticas pró-espanholas e num onipresente poder mediático, pretendem minorizar e exterminar a língua que nos fai galegas e galegos. A repressom, neste aspecto como em tantos outros, nom pode marcar as pautas da nossa luita. NA GALIZA, EM GALEGO! STOP REPRESSOM POLÍTICA! SOLIDARIEDADE COM @S IMPUTAD@S!