Pérez Bouza (BNG) “logra” em Madrid que os uniformes da ‘Guardia Civil’ se fagam na Galiza

Do velho “A Guardia Civil tortura e assassina!”, coreado unanimanente em tantas mobilizaçons do BNG na década de 80, às cenas que estám a contemplar os nossos olhos, com cárregos públicos do Bloco preocupando-se com a qualidade dos uniformes que viste a força militar de ocupaçom, existe umha mutaçom tam radical e profunda que só os mais desonestos poderiam negar. O senador galego Pérez Bouza conseguia onte em Madrid um novo logro histórico do autonomismo: os uniformes dos números da ‘Guardia Civil’ encarregarám-se a empresas galegas e espanholas. A notícia da ‘reivindicaçom’ do BNG saltava nos telétipos dos meios comerciais no dia de hoje. No entanto, o limiao Pérez Bouza já demonstrara em Madrid em Outubro de 2008 a sua preocupaçom pola comodidade dos uniformes que vistem os agentes desse instituto armado espanhol de preta história no nosso País. Naquela altura, o senador galego já denunciara que o ‘Ministerio de Interior’ de Espanha encarregava os uniformes da sua tropa a umha empresa chinesa, motivado, sem dúvida, polos preços mais baixos que oferece o mercado do país asiático. De facto, a UTE à que Madrid responsabilizava do trabalho subcontratava-o a empresas chinesas. Pérez Bouza reclamara através de duas perguntas no Senado espanhol que as administraçons públicas do Estado encarregassem os uniformes das FSE a empresas galegas, umha vez que o volume de negócio da confeiçom de uniformes para polícias, militares e números da ‘Guardia Civil’ ronda os 269 milhons de euros e tem, para o senador galego, “umha importáncia fundamental”. Aliás, o limiao figera-se eco do mal-estar dos agentes do instituto armado com os uniformes ‘made in China’ “que tenhem umha qualidade inferior aos tradicionalmente confeccionados no Estado”. Empresas galegas Na sua argumentaçom, o senador galego explica que “nom pode ser que um uniforme que aqui custa faze-lo 36 euros ali o fagam por 6 euros” e defende que os contratos para a confeiçom dos trages se fagam a empresas galegas e espanholas. Mais atentos aos dígitos contáveis do que ao ‘patriotismo empresarial’ brandido por Pérez Bouza, o representante do PSOE no Senado, partido que votou em contra da proposta, retrucou que “o proteccionismo nom conduz a nada” e denunciou que aceitar os critérios que contempla a moçom do BNG “encareceria as contrataçons públicas” (sic). À margem do debate sobre preços, qualidades do téxtil militar e policial e políticas proteccionistas, a cena protagonizada em Madrid por segunda vez por Pérez Bouza, além de exibir em público umha deriva ideológica vergonhenta, encena a falta da mínima dignidade nacional exigível em determinados responsáveis do nacionalismo institucionalista. Acaso é aceitável que o representante institucional dumha opçom auto-denominada nacionalista galega reclame para o seu país a elaboraçom dos trages das forças militares e policiais do Estado que nega a sua soberania??