Ameijeiras anuncia o reforçamento generalizado de cárceres, esquadras policiais e quartéis na Galiza administrativa

O Executivo espanhol materializa nos ‘Presupuestos Generales del Estado’ (PGE) para 2009 umha clara aposta para reforçar a presença e os meios do aparelho repressivo do Estado na Galiza administrativa. Cárceres, quartéis e esquadras policiais na CAG receberám no vindeiro exercício umha injecçom de 45 milhons de euros, é dizer, 7.740 milhons das antigas pesetas. A iniciativa espanhola enquadra-se no ‘Plan Especial de Infraestructuras de Seguridad’ elaborado polo ‘Ministerio de Interior’ que, por sua vez, fai parte do pacote de medidas acordadas polo PSOE “para reactivar a economia” (sic). Os ‘Presupuestos Generales del Estado’ para 2009, que o BNG avalizou com o seu voto em Madrid, incluem umha partida destinada a reforçar o aparelho repressivo do Estado numha parte do nosso território. Assim, segundo anunciou onte com satisfacçom o ‘Delegado del Gobierno de España’ na CAG, Manuel Ameijeiras, este território será o terceiro do Estado neste tipo de investimentos, apenas após Andalucia e Ilhas Canárias, e o segundo com mais projectos a desenvolver (43). A presença galega nos primeiros postos do ranking estatal de investimento repressivo contrasta abertamente com a posiçom postergada que ocupamos em matéria de salários, pensons, acesso à vivenda, idade meia para a independência familiar, etc. Reforçam os quartéis da ‘Guardia Civil’ e construirám seis novos A vontade do Executivo espanhol para converter a CAG num território ‘ponteiro’ em matéria de infraestruturas para a repressom tem na ‘Guardia Civil’ um dos seus principais destinatários. Assim, o instituto armado estrangeiro receberá um total de 32.5 milhons de euros para construir seis novos quartéis militares e reformar os já existentes. A partida para a ‘Guardia Civil’ desglossa-se em 13.6 milhons de euros para o território definido pola circunscriçom eleitoral da Crunha, 8 para o de Ponte Vedra, 6 para o de Lugo e 4.9 para o de Ourense. Neste reparto, aplicando a anterior divisom territorial, corresponderám importantes achegas económicas aos quartéis da força de ocupaçom na Crunha, Sada, Betanços, Serra de Outes, Ponte de Eume, Noia e Ponte Cesso; Cangas do Morraço, Rodeiro, O Porrinho, Mós e A Guarda; Abadim, Ribadéu, Vaamonde, Castro de Rei e Samos e, finalmente, Riba de Ávia, Cela Nova, Viana do Bolo e Póvoa de Trives. Por sua parte, as vilas de Ames, Santa Comba, Nogueira de Ramuim, Vila Garcia de Arousa, Monforte de Lemos e Samos verám levantar-se seis novos quartéis da organizaçom armada. Potencializaçom das infraestruturas da Polícia espanhola em Compostela As infraestruturas policiais espanholas na capital recebem, segundo anunciou Ameijeiras, um forte impulsionamento. Assim, Madrid injectará perto de 7 milhons de euros (1.162 milhons das antigas pesetas) na remodelaçom do edifício Brigada P. S. C., confirmando a aposta estratégia das autoridades espanholas por converter a capital galega num contorno urbano fortemente policializado, à vez que, em íntima relaçom com este carácter, decantado a cada mais pola hipertrofia do sector turístico. Recordar apenas que por volta de 25% da vizinhança recenseada em Compostela –por volta de 100.000 pessoas- vive a dia de hoje por debaixo do que as autoridades espanhola definem como ‘umbral da pobreza’. Aliás, destinarám-se 285.000 euros para o arquvio do centro provincial das Lonças na Crunha. Reformas e talheres produtivos nos centros prisionais da CAG Sem dispormos neste momento de dados referidos ao financiamento por via orçamentária da Justiça espanhola na CAG, a estratégia de potencializaçom das infraestruturas para a repressom nom podia esquecer o subsistema carcerário. Madrid destina neste apartado quatro milhons de euros para realizar “reformas” (sic) nas massificadas prisons de Teixeiro, Pereiro de Aguiar, Monte Roso e Bonge. Aliás, achegará também um milhom de euros para o desenvolvimento de “talheres produtivos” em Monte Roso e Pereiro de Aguiar. A falta de conhecermos com exactitude o que significar a expressom “talheres produtivos” entendemos que o Executivo de Rodríguez Zapatero mantém a aposta em fazer dos cárceres instituiçons economicamente rendáveis para o capital privado através da conversom dos presos e presas em mao de obra barata e disciplinada, segundo o modelo aplicado, por exemplo, pola transnacional francesa de cablagens Valeo no macrocárcere de Teixeiro, onde centos de pessoas trabalham por salários muito inferiores aos dos operári@s que vendem a sua força de trabalho fora do cárcere. Confirma-se por outra parte, recordando o acertado leit motiv anarquista que titula a ediçom da marcha à prisom de Teixeiro organizada para este sábado, que com a crise “subirám os presos”. Dizer ao respeito que, embora a CAG carecer de qualquer competência nesta matéria, apesar das incursons mediáticas de Anxo Quintana e Rubén Cela nas instalaçons penitenciárias sitas na Galiza administrativa para “humanizá-las” (?), a previsom geral é para o incremento da populaçom reclusa, como demonstram os diversos projectos de macrocárceres que actualmente desenvolve o PSOE. Crise, ‘delinquência’ e aumento da repressom O ‘Plan Especial de Infraestructuras de Seguridad’ é mais umha iniciativa do pacote de medidas aprovado polo Executivo de Madrid em 28 de Novembro passado com o intuito manifestado de “reactivar a economia” (sic). Este plano prevé destinar 380 milhons de euros em todo o território estatal, dos quais 190 irám parar ao instituto armado, 147 à Polícia espanhola e 43 a ‘Instituciones Penitenciarias’, verificando assim mais umha vez que as políticas estratégicas do PSOE referidas à construçom dum Estado com alta capacidade coercitiva e, sobretodo, de repressom preventiva, em praticamente nada difirem das do PP. De facto, o Executivo de Madrid está a aproveitar a conjuntura para reforçar a repressom a todos os níveis, consciente de que nos tempos que venhem as políticas do pau darám passagem progressivamente às já escassas políticas da zenoura. Resultaria impossível compreender, de nom trazermos em conta esta hipótese, que sendo o nosso País um dos territórios sob administraçom espanhola com as ‘taxas de delinquência’ mais baixas -segundo asseguram os sucessivos informes anuais do ‘Ministerio de Interior’-, apesar dos níveis de deterioraçom da situaçom sócio-económica galega, o investimento para a repressom alcanze postos tam destacados no ranking estatal nesta questom. Ameijeiras, satisfeito Com essa limitadíssima capacidade oratória que o caracteriza, a paixom polos titulares e as fotos fáceis que transmitam a eficácia servil da sua gestom ante Madrid e o recurso permanente aos manidos e inexpressivos lugares comuns da “convivência pacífica”, a “segurança cidadá”, a “toleráncia democrática”, etc., o ‘Delegado del Gobierno de España’ na Galiza administrativa assegurou satisfeito que somos “a terceira comunidade onde mais se vai investir” em infraestruturas repressivas e a “segunda onde mais projectos se porám em andamento”. Ameijeiras parabenizou-se também pola construçom de seis novos quartéis militares na Galiza que, em casos, fôrom demandados por todas as forças políticas com representaçom parlamentar. Contodo, como constatamos mais umha vez nas últimas semanas em Figueirido, A Crunha, Vila Nova de Arousa, Silheda ou Vigo, o Executivo ao que Ameijeiras representa na maior parte do nosso território apenas pode oferecer cárceres, quartéis, esquadras e emprego nos corpos repressivos e militares a umha sociedade que, ano após ano, se mantém nos primeiros postos estatais no ranking de precariedade laboral, desemprego, emigraçom, salários baixos, pensons de miséria, sinistralidade laboral, consumo de anti-depressivos e ansiolíticos, destruiçom de emprego produtivo, etc. A SOLUÇOM NOM É A REPRESSOM! FORA AS FORÇAS DE OCUPAÇOM! LIBERDADES DEMOCRÁTICAS PLENAS E PARA TOD@S! AMEIJEIRAS REPRESSOR!