Bateeiros pedem demissom de Delfín Fernández trás as brutais cárregas policiais na Arousa

A orgia de violência organizada nesta terça-feira passada polas FSE –nomeadamente, pola ‘Guardia Civil’- no peirao de Vila Nova de Arousa, e pola que o jovem Juan Ramón Outeiral Tarrio se encontra hospitalizado com prognóstico grave na UCI do Hospital Clínico de Compostela, foi contestada onte com umha primeira assembleia dos produtores celebrada no Auditório de Vila Garcia. Por volta de 1000 bateeiros, segundo a plataforma Pladimega, que promove a greve actual, reunírom-se para denunciar a brutalidade policial e exigir a demissom do ‘Subdelegado del Gobierno de España’ em Ponte Vedra. Embora o Auditório de Vila Garcia apenas tem aforo para 776 pessoas, todo indica que a assistência à assembleia, que tinha como único fio condutor analisar as consequências da cárrega do dia 16 e definir iniciativas de resposta, desbordou largamente qualquer previsom. O eixo dos debates fôrom os citados acontecimentos e a determinaçom dos presentes de exigir a demissom de Delfín Fernández, ‘Subdelegado del Gobierno de España’ em Ponte Vedra e máximo responsável político da selvajada ocorrida em Vila Nova. Os bateeiros qualificáropm de “brutal” e “desproporcionada” a actuaçom das forças de ocupaçom e nom descartárom a possibilidade de iniciar acçons judiciais contra os agentes agressores se se lograsse a sua identificaçom. Este último extremo resulta muito improvável, umha vez que os violentos fardados levavam os rostos cubertos. Aliás, os participantes na multitudinária assembleia acordárom “transferir a total solidariedade com o companheiro ferido e a sua família”, o jovem Juan Ramón Outeiral, que se encontrava sentado no chao quando as FSE iniciárom a cárrega. Bateeiros agredidos som acusados de “terroristas” Desde Pladimega, a plataforma de mexiloeiros que impulsiona os protestos contra a situaçom agónica que vive o sector como resultado, entre outros factores, da importaçom do ‘chorito’ chileno, destacou que “Delfín Fernández consentiu que os agentes carregassem contra os trabalhadores que, na maioria, se encontravam sentados” para impedir a circulaçom de camions que transportavam o bivalvo para as empresas transformadoras. Aliás, anunciárom que demandarám o presidente da agrupaçom Virgem do Rosário, Javier Blanco, por qualificar de “terroristas” os dirigentes da plataforma. Recordamos que este está ligado ao PP e diversas fontes asseguram que tivo conexons no seu dia com o narcotráfico. Por sua parte, o ‘socialista’ Delfín Fernández Álvarez (Vigo, 1954) continua somando pontos ante as autoridades espanholas para um outro previsível ‘ascenso’ que dé continuidade à sua carreira ao serviço do Estado. Recordamos que a candidatura deste indivíduo ao cargo que ocupa actualmente foi avalizada no seu dia por Emilio Pérez Touriño, dentro da pugna localista produzida no seio do PSOE na CAG entre as agrupaçons de Ponte Vedra e Vigo na que trunfou a agrupaçom olívica frente à candidatura de Luciano Santiago Esperón. Delfín Fernández, umha vida de serviço a Espanha Afiliado ao PSOE na Galiza desde 1982, Férnandez acedeu à política institucional da mao do ex comunista Carlos Príncipe, sendo daquela concelheiro de Desenvolvimento Local e Emprego de 1999 a 2003. Finalmente, organizaria um sector contestatário no partido espanhol contra o seu padrinho político. Licenciado em Filosofia e Letras pola Universidade Autónoma de Madrid, o máximo responsável político da repressom na circunscriçom eleitoral de Ponte Vedra tem demonstrado umha larga versatilidade no serviço a Espanha. Assi, além de concelheiro ‘socialista’ viguês, Fernández foi também director provincial do INEM em Ponte Vedra, delegado do ‘Ministerio de Asuntos Sociales’ na Galiza, funcionário da Prestaçom Social Substitutória (PSS), etc. Desde a sua nominaçom em 2004 com o apoio de Pérez Touriño, Fernández destaca-se por umha política de mao dura contra ‘todo o que se mova’. Assim, relozem como perlas no seu expediente os massacres policiais contra operários da Construçom e o Metal viguês durante as últimas greves, o processamento penal de mais de cem trabalhadores após estas luitas, as recentes cárregas contra operários no Porto de Vigo, a sua sanha anti-nacionalista, as tentativas constantes de afogar na repressom económica o tecido associativista de base –particularmente, na cidade de Vigo, da que é originário- e a opçom pola contundência e a policializaçom de todos os ámbitos da vida comunitária. Segundo ele próprio afirmou nalgumha ocasiom, “nom podemos baixar a guarda”.