Presos independentistas galegos iniciam um jejum de 24 horas para exigir a sua transferência a cárceres sitos na Galiza

Desde que em 2005 volveu haver militantes independentistas galeg@s nas prisons espanholas, do organismo popular anti-repressivo mantivemos umha denúncia e umha luita permanentes contra a dispersom penitenciária. Nesta ocasiom, som os próprios presos e a presa independentista galega dispersados a Cádiz, Ávila e Aranjuez (Madrid) quem adoptam umha iniciativa colectiva para exigir a repatriaçom. José Manuel Sanches, Sánti Vigo, Giana Gomes e Ugio Caamanho farám durante as 24 horas de 2 de Setembro um jejum para exigir a sua transferência para um cárcere espanhol sito na Galiza, conforme ditamina a legalidade estatal e internacional. O jejum complementará-se com o envio dumha comunicaçom às respectivas direcçons dos centros penitenciários em que se encontram dispersados e dispersada. Esta comunicaçom, além de explicar o motivo do jejum de 24 horas programado para hoje, denuncia o incumprimento por parte do Executivo espanhol de direitos fundamentais que, como pres@s, tenhem @s militantes independentistas galeg@s, a começar polo direito a cumprirem condena em cárceres próximos dos seus lugares de residência habitual. A iniciativa dentro do cárcere acompanhará-se por parte do organismo popular anti-repressivo com diversas iniciativas propagandísticas no exterior tendentes a socializar a situaçom de excepcionalidade jurídica e repressom a que estám submetid@s @s quatro militantes galeg@s que inclue, como no caso do militante Sánti Vigo, agressons reiteradas por parte dos funcionários. Sangria económica Além de supor umha vulneraçom de direitos penitenciários que é aplicada apenas àqueles presos e presas que o Estado nom reconhece como políticos, mas trata diferencialmente como tais, a dispersom é umha verdadeira sangria económica para o contorno familiar e sócio-político dos presos e presas. Dizer, como dado orientativo, que segundo distáncias, transportes disponíveis e necessidades de pernoctar fora da casa, o gasto individual que pode supor fazer umha visita de 45 minutos para a que em ocasions –p. ex., ir até Puerto de Santa María I- é necessário percorrer mais de 2000 km., pode oscilar entre 100 e 500 euros semanais. A estratégia do Governo espanhol neste sentido é tam clara como o veu sendo historicamente: nom se trata apenas de desenraizar o preso ou presa da sua realidade sócio-cultural e política e procurar a sua incomunicaçom, mas, também, de estender o tratamento repressivo a todo o seu contorno familiar e sócio-político. Neste momento, cada mês, por volta de 20-30 pessoas devem deslocar-se para visitar @s independentistas pres@s percorrendo distáncias que, ida e volta, vam dos 1000 aos 2200 km. percorridos em 24-48 horas. O risco de acidentes quando estes deslocamentos se realizam por estrada parece mais do que evidente. Reagir à vulneraçom de direitos No entanto, apesar de que esta situaçom de excepcionalidade jurídica já se prolonga desde há mais de 3 anos no seu último ciclo, mantendo em prisom durante esse tempo militantes que ainda nom fôrom julgados e que, portanto, deveriam estar em liberdade, a reacçom social desenvolvida ainda dista de ser a aceitável. O jejum de 24 horas iniciado hoje pretende ser mais umha chamada de atençom sobre um facto que nom pode deixar indiferente nengumha pessoa, colectivo ou organizaçom que se auto-proclame defensor das liberdades democráticas e os direitos civis. A repatriaçom dos e das independentistas galegas, e de todos os presos políticos do nosso País independentemente de filiaçons e métodos de luita política empregues, é um objectivo a assumir activamente por tod@s aquel@s que pretendam seguir considerando-se democratas no Reino de Espanha. Ceivar dedicará umha parte muito significativa dos seus esforços no curso político que agora se inicia a que a luita contra a dispersom penitenciária, como arma de repressom política de primeira categoria, junto à própria existência do cárcere, se convirta numha preocupaçom e umha luita compartilhadas por um abano crescente de organizaçons sociais, sindicais e políticas.