BNG urge criaçom dumha nova Polícia “porque temos já um património de polícias nacionais e guardas civis que devemos aproveitar”

O acordo de governo pactuado entre PSOE e BNG ao início da presente legislatura autonómica recolhe entre os seus pontos principais a criaçom dum novo corpo policial espanhol para o território da CAG: a conhecida mediaticamente como ‘Polícia Autonómica’ ou ‘Polícia Galega’. Um ano após se aprovar a ‘Lei da Policía de Galicia’ esse processo continua estagnado. É o deputado do BNG Pablo González Mariñas quem no dia de S. Joám vindicava publicamente “dar passos decisivos na criaçom da Polícia Galega”. Muito limitado competencialmente, dado que as principais competências seguirám em maos de corpos repressivos explicitamente espanhóis, como o CNP e a ‘Guardia Civil’, a constituiçom da Polícia Autonómica fai parte dum processo desenvolvido em outros lugares da UE que parte do princípio axiomático de que territorializar a repressom acrescenta a eficácia desta e aumenta a identificaçom da populaçom com quem a executa, reduzindo os níveis de ilegitimidade e rechaço que provocam corpos identificados socialmente como “estrangeiros”, quando nom como mera força de ocupaçom. Casos como o basco com a Ertzaintza e, em outra medida, o catalám com os Mossos d’Esquadra, constatam o interesse dos Estados constituidos nesta adequaçom simbólica a identidades e culturas subestatais por parte dos corpos policiais. De facto, o projecto para o que González Mariñas e o BNG reivindicam umha aceleraçom nunca estivo nem está na agenda de nengum movimento ou sector social galego e responde meramente ao interesse do Estado espanhol para adequar os seus corpos repressivos face o futuro. Reciclagem de ‘guardias civiles’ e polícias espanhóis Contodo, a direcçom do BNG, que quer vender socialmente a criaçom do novo corpo como um avanço nacionalista, oculta conscientemente às suas bases que este responderá, como estava escrito, a idênticos presupostos ideológicos e políticos que as restantes FSE constituidas e que a repressom do nacionalismo combativo e da conflitividade social figura entre os seus objectivos principais, embora, como dixemos, a centralidade repressiva continuará neste momento nos corpos tradicionais. Mariñas criticou na câmara autonómica que Presidência nom desse passos significativos na constituiçom da ‘Polícia Galega’ e destacou a indisposiçom de Madrid para transferir competências legalmente reconhecidas. O parlamentar repassou como modélicos os casos basco e catalám “embora nom queremos comparar porque partimos de realidades distintas” e, como mais umha evidência do carácter do novo corpo policial, que pretende encenar simbolicamente um poder nacional fitício, sugeriu que a ‘Polícia Autonómica’ se poderia configurar a partir da reciclagem de números da ‘Guardia Civil’ e agentes do CNP. “Temos já –assegurou Mariñas em primeira pessoa de plural- um património de polícias nacionais e guardas civis que devemos aproveitar porque será muito útil no desdobramento da nova Polícia Galega”.