Rubalcaba anuncia umha dura repressom sobre os movimentos grevistas que “perjudiquem a vida dos cidadáns”

O contexto de profunda crise sócio-económica em que nos estamos a submerger virá acompanhado, como era de esperar, dumha escalada repressiva por parte das autoridades espanholas contra os movimentos grevistas e os conflitos laborais que atorem os planos do Estado. Segundo declaraçons do ‘Ministro de Interior’ Alfredo Pérez Rubalcaba à Agência Efe, o Executivo de Madrid empregará a “máxima dureza” contra quem “perjudicar a vida dos cidadáns”. Este anúncio oficial complementa-se com a generalizaçom do emprego da violência policial aos distintos conflitos abertos neste momento. Rubalcaba, que diferencia a categoria ‘cidadáns’ da categoria ‘trabalhadores’, como se os primeiros vivessem sem necessidade de trabalhar, apareceu hoje na mídia para anunciar que 25.100 agentes das FSE “tenhem a instruçom de agir com a máxima firmeza” frente os conflitos em curso, como demonstra a vaga de cargas policiais e detençons que se está a produzir na Galiza. A justificaçom suprema para o emprego intensivo da violência institucional foi, paradoxalmente, “garantir os direitos dos cidadáns”. O titular espanhol de ‘Interior’ recordou que “para isso estám os 18.500 guardas civis e 6600 polícias nacionais” que neste momento estariam a intervir sobre a greve de transportistas e do sector pesqueiro, além da possibilidade de potencializar a repressom económica. Ao tempo, Rubalcaba qualificou de “ilegais” os piquetes informativos que desenvolvem os citados conflitos. FSE ao serviço da livre circulaçom de mercadorias “Livre circulaçom dos cidadáns”, “acesso aos serviços públicos essenciais” e possibilidade de “abastecer-se dos produtos básicos” som os supremos argumentos nos que Pérez Rubalcaba cimenta o anúncio de que as FSE procederám nas próximos horas e dias a um emprego extensivo de vias expeditivas. Posicionando, mais umha vez, as FSE nos conflitos e demonstrando a verdadeira natureza destas, o alto funcionário comunicou a Efe que o Estado dotará de escolta policial às empresas que a precisem para garantir a livre circulaçom dos produtos e que os empresários podem contactar “com Delegaçons e Subdelegaçons do Governo”. O anúncio produz-se simultaneamente à campanha mediática de satanizaçom dos grevistas e demonstra que a contundência do PSOE contra a conflitividade social nada tem que envejar às medidas impositivas do PP. De facto, o próprio Rubalcaba assegurou que “quiçá” o departamento cometeu “um erro” ao nom anunciar publicamente que a disposiçom das FSE, o que teria provocado, segundo o ‘Ministro’, “certa sensaçom de que nom se fazia nada”. Cargas policiais ante o parlamento da CAG Cumprindo as directrizes de Madrid, a ‘Delegación del Gobierno de España’ na CAG anunciou também que efectivos da ‘Guardia Civil’ e a Polícia espanholas intervírom activamente na greve do Transporte escoltando 192 comboios de camions entre onte e hoje. O máximo responsável do organismo estatal, Ameijeiras Vales, assinalou que o número de intervençons das FSE desde o início da greve na Galiza administrativa foi de 259. Ameijeiras recordou aliás que a ‘Guardia Civil’ detivo onte quatro pessoas acusadas de partipar em piquetes informativos, duas no polígono corunhês de Sabom e outras duas em Verim, como suspeitas da autoria de danos materiais em camions. As advertências das autoridades espanholas concretárom-se nesta manhá também em Compostela, onde efectivos da Polícia espanhola carregárom contra umha concentraçom de 100 a 200 armadores e trabalhadores que tratárom de aceder à câmara autonómica.