Madrid envia à Galiza 30 expertos ‘antiterroristas’ “porque a estrutura dos movimentos independentistas se reforçou”

A desfachatez dos principais meios de difusom e dos mais altos responsáveis da repressom à hora de anunciar a perseguiçom policial da militáncia independentista nom conhece limite. O jornal ‘Faro de Vigo’ anuncia hoje que o ‘Ministerio de Interior’ acaba de enviar à Galiza trinta agentes do serviço de informaçom da ‘Guardia Civil’ porque exitem “provas mais do que suficientes de que a estrutura dos movimentos independentistas se reforçou, com a correspondente preocupaçom de todas as administraçons”. O avanço político dum movimento combate-se abertamente com forças policiais. A notícia que assina J. Pérez enquadra-se nesta nova modalidade repressiva que se foi impondo aproveitando a vaga reaccionária que segue ao 11-S em todos os Estados europeus e que permite associar, sem qualquer tipo de complexos, ideologias políticas com resistências armadas, aplicando a umhas e outras similares estratégias informativas, policiais, judiciais e penitenciárias. É desnecessário afirmar também que o discurso oficialista sobre os mecanismos garantistas da ‘democracia’ e as virtudes do presunto Estado de Direito ficam em águas de bacalhau para os e as militantes independentistas. Destacar, por outra parte, que a “informaçom” de ‘Faro de Vigo’ presume gratuitamente a responsabilidade penal de patriotas galegos que se encontram em prisom preventiva à espera de juízo e que vem vulnerado o seu direito legal a permanecerem na sua Terra. É claro que nom seremos nós que exijamos profissionalidade, objectividade e rigor a meios e jornalistas que escrebem ao ditado de interesses políticos e estratégias policiais e que, dizer o que se dizer, jogam o papel de braços mediáticos e criadores de estados de opiniom ao serviço da criminalizaçom do movimento independentista, da judicializaçom de todas as suas actividades e, finalmente, da repressom política. Contodo, rechaçamos guardar silêncio e deixar de assinalar publicamente a quem consideram que é o momento da acçom policial porque existem “provas mais do que suficientes de que a estrutura dos movimentos independentistas se reforçou”. Falam abertamente de controlar e perseguir independentistas Falar de perseguiçom política e de repressom política é se calhar neste momento umha descripçom da realidade muito mais realista e objectiva do que o foi nunca nos últimos tempos. Caem por terra os disfrazes do rigor informativo, do discurso de que “todos os projectos políticos som defendíveis”, da objectividade e dos códigos deontológicos para dizer-nos directamente que neste País a acçom conjunta dos principais meios de comunicaçom, das forças policiais, da Justiça espanhola e do sistema penitenciário está rumada sem vergonha a impedir o avanço político e social do movimento independentista. Esta é a ‘democracia a la española’. A sua progressiva conversom num fascismo dirigido exclusivamente contra contados milhares de pessoas, ameaçando com a perda de todos os direitos políticos por parte destas, é um processo que deveria escandalizar qualquer democrata verdadeiro polo que indica. Contodo, sabemos donde vem a ‘democracia a la española’, qual a sua natureza autêntica e por que a defesa dumha perspectiva independentista e socialista para este País está à margem do que o sistema espanhol é capaz de permitir.