Iniciam-se os primeiros processos penais contra dezenas de trabalhadores do Naval e a Construçom na comarca de Vigo

As iniciativas repressivas da Justiça espanhola contra a classe trabalhadora da comarca de Vigo começam a concretar-se. Noventa e seis operários estám pendentes de diversos processos penais que finalmente se podem materializar em condenas de prisom e, em todos os casos, venhem acompanhados dumha forte repressom económica. Quatro trabalhadores do naval da larga listagem de retaliados recebérom na semana passada as cartas nas que o Julgado de Instruçom nº 8 anuncia a abertura dum juízo oral por ‘desordens públicas’ um ‘delito continuado de danos’. Além disto, o processo penal em curso vem acompanhado de repressom económica, umha vez que aos trabalhadores se lhe exige o depósito dumha fiança conjunta e solidária por valor de 8220€. Daniel Cascallar, Emílio Docampo, Xosé Garcia e Iván Piñeiro fôrom detidos em 8 de Maio de 2007 pola Polícia espanhola que lhes imputa a participaçom na luita do naval em demanda do cumprimento do Convénio Colectivo de 2006. Segundo se informa no web da central nacionalista CUT, “o atestado policial, e por extensom as Conclusons Provisórias do Ministério Fiscal, ponhem os pelos de ponta; fazia tempo que nom conhecimaos de fabricaçom e fabulaçom tam escandalosa para legitimar a acusaçom dos companheiros e solicitar a oma de 4 anos de prisom para cada um dos trabalhadores no naval”. A petiçom de quatro anos de privaçom de liberdade fundamenta-se na suposta queima de 19 contentores de lixo durante os enfrontamentos entre trabalhadores e efectivos da Polícia espanhola. Destaca a central galega que, enquanto se produzem processos como o assinalado “no mundo do trabalho seguem-se a produzir acidentes e o que é mais grave: ninguém passou polo Julgado, nem tampouco ninguém vai à cadeia”. Tentativa de escarmento As elevadas petiçons fiscais contra os quatro operários, assi como o facto de que perto de 100 trabalhadores vigueses se encontrem em situaçons similares, como produto da sua participaçom nas luitas do naval, o metal e a construçom, indicam com todo claridade que por parte da sequência composta pola ‘Subdelegación del Gobierno en Ponte Vedra’ que preside o repressor Delfín Fernández Álvarez (PSOE), da Polícia espanhola e, finalmente, da Justiça, existe umha iniciativa conjunta para punir gravemente o combativo movimento laboral viguês, escarmentar o sindicalismo nom pactista e fixar a base de cárcere e sangrias económicas quais som os limites que o poder está disposto a tolerar para as luitas laborais. Segundo a central sindical que denuncia o início dos processos, “a democracia borbónica tutelada, a cada mais ensina a sua verdadeira carauta do fascismo. Nom nos fica mais remédio que saír à rua outra vez”. Neste sentido, a CUT aposta por “ir a umha Greve em solidariedade e acompanhando a Daniel, Xosé, Emílio e Iván. Dizer-lhe o Regime que todos estamos encausados”. A central nacionalista, que se dirigirá proximamente a CIG, CCOO e UGT para enfrontar este processo penal, assegura que “nom se pode permitir umha condena para o escarmento nem que dos petos dos companheiros saia um só euro para manter os de sempre”.