Cidadám galego pode ser condenado a prisom por denunciar a passividade institucional na ‘morte lenta’ da língua

Quando todos os estudos sociolingüísticos indicam a situaçom limite em que está a nossa língua e reverdecem grupos ultras que, como ‘Galicia Bilingüe’, proponhem abertamente o seu extermínio, a Polícia e a Justiça espanholas parecem ter mais interesse em perseguir quem se revolvem contra a morte lenta do galego. P. M. P., que será julgado no próximo 19 na capital, pode ser condenado a mais de 2 anos de prisom e umha grave sançom pecuniária por denunciar passividade institucional no lingüicídio. Ao seu particular modo, Espanha também celebrará este 17 de Maio. Dous anos e três meses de prisom, 7200€ e imposiçom dumha reponsabilidade civil de 970€ é a petiçom fiscal para o cidadám galego que será processado em 19 de Maio nos julgados de Compostela. Os factos de que está acusado datam de 8 de Novembro de 2006, quando pessoas anónimas deitárom umha língua de vaca com a legenda ‘Assi quer ver a Junta a nossa lìngua’ no escritório que a Vice-presidência (BNG) da administraçom autonómica tem na compostelana praça da Quintá. A acçom simbólica complementara-se com o vertido de pintura vermelha na sede institucional. Esta actuaçom enquadrou-se no seu dia na campanha de denúncia da política lingüística do bipartido e no marco dumha greve estudantil em defesa de medidas efectivas para a normalizaçom do galego no ensino. Recordamos ao respeito que, ainda recentemente, umha greve estudantil denunciava em Vigo o incumprimento prolongado da normativa que obriga a ministrar em galego quando menos duas cadeiras por curso no Ensino Meio. Paradoxalmente, esta ilegalidade consentida nom mereceu até hoje qualquer tipo de sançom oficial. Concentraçom solidária ante o processamento P. M. foi prendido na noite de 28 de Novembro de 2006, ingressado nos calabouços da Polícia espanhola durante 15 horas e posto a disposiçom judicial acusado dum ‘delito’ de danos cuja vista se celebrará neste 19 de Maio. De Ceivar chamamos a pessoas e colectivos a assistir à sala de vistas do Julgado nº 1 no dia do juízo a este activista em defesa da língua e a participar na CONCENTRAÇOM SOLIDÁRIA a celebrar a partir das 9:00 ante os julgados da capital galega. Queremos denunciar o facto paradoxal de que, enquanto avança sem entraves um lingüicídio que fai parte dumha agressom sócio-económica, territorial, ambiental, etc. mais ampla, sejam os cidadáns e cidadás que denunciam esta situaçom quem tenham que sentar-se no banco dos acusados e ser alvo de medidas repressivas de excepçom. Achamos que, à vista da situaçom limite em que se encontra o nosso idioma, existe total legitimidade e, ainda mais, necessidade, para respostas que ponham a flor de pele o processo em que estamos imersos e denunciem a progressom desta ‘morte lenta’ da nossa língua. STOP REPRESSOM! DEFENDER A NOSSA LÍNGUA NOM É DELITO! DEFENDAMOS O GALEGO CONTRA A ‘MORTE LENTA’! TOD@S AOS JULGADOS NO DIA 19!