‘Subdelegación del Gobierno’ na Crunha sanciona com 7000€ as mariscadoras que curtárom o tránsito na Ponte da Passagem

“Começamos receber as notificaçons das multas a primeiros de Abril cada três ou quatro dias, e acho que ainda nom chegárom todas porque realizamos os protestos quase todos as segundas desde Dezembro até a última de Fevereiro”. Quem assi se exprime é Manuel Cao, patrom maior da Crunha e participante activo na luita contra a contaminaçom da Ria do Burgo e por um novo convénio desenvolvida neste inverno por mariscadores e mariscadoras. A ‘Subdelegación del Gobierno’, a ‘Guardia Civil’ e a Polícia Local impugérom ao colectivo laboral em conflito um número ainda desconhecido de multas que podem ultrapassar os 7000€. As cartas certificadas que informam do início de diversos procedimentos de repressom económica chegam nestes dias às casas das trabalhadoras. As sançons aludem a consecutivas interrupçons do tránsito rodado ocorridas na Ponte da Passagem e na Avenida Alfonso Molina. Outra mobilizaçom desenvolvida na Ponte das Pias de Ferrol conjuntamente com mariscadoras desta comarca é penalizada também pola instituiçom que preside o ‘socialista’ Pose Mesura. Segundo informa o diário ‘Galicia Hoxe’, o responsável da confraria herculina declarou ter recebido cinco sançons, a primeira de 300€ e as sucessivas com um incremento em cada umha de 300€. Manuel Cao é identificado polas FSE como um dos “responsáveis” das marchas de mariscadoras realizadas na Ponte da Passagem, que provocárom um importante colapso circulatório. No entanto, parece assumir as consequências repressivas da luita desenvolvida e advirte que “se nom fosse polas mobilizaçons, hoje nom haveria convénio, e estou contente porque o colectivo tem trabalho”. Desactivar o protesto sócio-laboral por meio da repressom económica A profusom com que nas últimas semanas se produzem nas quatro ‘provincias’ em que está dividida a CAG graves sançons económicas contra cidadáns e cidadás galegas que participam em protestos políticos e conflitos sociais e laborais convida a pensar na existência dumha decisom política superior que orienta este comportamento institucional. Trata-se, com certeza, já nom só de gravar o protesto e afogar economicamente @s protestatári@s, reduzindo-os a dinámicas de auto-defesa, mas, estrategicamente, de estender a auto-censura e o temor à participaçom social, esvaziando de conteúdo, ainda mais, liberdades e direitos formalmente reconhecidos. É desnecessário afirmar que da firmeza e a decisom no exercício dos direitos e liberdades que nos correspondem como cidadás e cidadáns galegos, desouvindo e enfrontando as estratégias repressivas, depende o sucesso ou fracasso deste processo de esvaziamento continuado que impulsionam as autoridades espanholas no nosso País.