Bernardo Máiz anuncia, citando fontes oficiais, que haverá políticas de dureza face “o que existe à esquerda da CIG oficial”

Há poucas declaraçons tam transparentes a respeito do futuro imediato que aguarda em termos repressivos ao que se dá em chamar soberanismo como a cita achegada polo historiador galego Bernardo Máiz na homenagem à Carmiña Graña, celebrada neste sábado em Cangas. Segundo Máiz, que citou nesse encontro público o ‘Subdelegado del Gobierno de España’ na Crunha Pose Mesura como fonte da sua informaçom, o PSOE consideraria “acidental” a convivência institucional com o BNG e prepararia políticas de dureza repressiva “contra o que existe além do sector oficial da CIG”. Bernardo Máiz pronunciava estas palavras no decurso da palestra pública celebrada no Salom de Plenos de Cangas do Morraço sob o título ‘Repressom e luita polas liberdade no tardofranquismo (1960-1976)’ na que desgranou as linhas mestras da repressom política e social no período 1936-1976 na Galiza. Assi, Máiz assinalou entre outras questons o carácter acumulativo das sucessivas legislaçons promovidas desde 1936, viajou polas etapas da contestaçom política e a repressom durante a Ditadura espanhola e analisou as dificuldades que apresenta a pescuda histórica da repressom fascista especialmente na etapa que vai de 1936 a 1963. A informaçom facilitada polo historiador e ex activista do sindicalismo labrego alcançado pola repressom em diversas ocasions confirma de primeira mao o que já é evidência diária para a militáncia comprometida na intervençom sócio-política independentista: que, à margem de florituras eleitorais, a sucursal autonómica do PSOE mantém intacta a sua condiçom espanhola e espanholista e que este partido será, nos próximos anos, um gestor ‘duro’ da repressom contra os sectores sociais e políticos de contestaçom que fiquem à margem do consenso autonómico e neoliberal em gestaçom.