Pose Mesura sanciona os participantes na performance independentista realizada na Renfe por “alterar a ordem pública”

Várias cartas assinadas polo ‘Subdelegado del Gobierno de España’ na Crunha nas que se comunica o início dum procedimento sancionador contra militantes da AMI chegam às casas nestes dias. Assegura-se nelas que, a iniciativa da esquadra da Polícia espanhola na capital, várias pessoas fôrom denunciadas pola performance realizada na Renfe no 9 de Março em que se denunciava a turistificaçom do País e a precarizaçom laboral que conleva. A representaçom, que foi recebida com rejouba polos usuários, vira no relato de Pose Mesura em “irrupçom” dum grupo de pessoas que “increpavam à gente, alterando a ordem pública, atorando o passo dos usuários da estaçom”. Os receitores da missiva governamental, aos que se aplica a ‘Ley Orgánica 1/1992’, mais conhecida como Lei Corcuera, podem ser sancionados polo ‘Subdelegado’ com multas de até 300.51€ por cometer umha infracçom administrativa que Pose Mesura tipifica como “leve”. A intervençom da Polícia espanhola e do seu máximo responsável político na ‘provincia’ neste caso denotam, mais umha vez, a persistente tentativa por parte do PSOE de judicializar e sancionar toda actividade sócio-política independentista, mesmo que se trate, como ocorre nesta ocasiom, dumha acçom de teatro de rua. A finalidade: converter qualquer expressom de dissidência ou crítica política em motivo de sançons e processos. A resoluçom dos expedientes que se venhem de iniciar, e que já estám em maos de advogados do nosso organismo, corresponde à própria ‘Subdelegación’ que é quem inicia o procedimento. À vista das directrizes repressivas que transmite através da sua prática esta instituiçom, e do afám recadatório que subjaz neste tipo de medidas, todo indica que o resultado mais previsível é a imposiçom dumha outra sançom económica originada em factos imaginários. Perfil do sancionador José Manuel Pose Mesura, actual ‘Subdelegado del Gobierno de España’ na Crunha desde 13 de Abril de 2007, quando substituia à sua antecessora Obdulia Taboadela, que por sua vez se figera ‘famosa’, e duramente criticada, no tramo final do seu mandado a custa das brutais cargas policiais propinadas a trabalhador@s despedid@s da empresa Atento e funcionários municipais acampad@s no Cantom Grande, é natural de Bariço (Malpica), paróquia na que nasceu em 1950 e onde assegura “ter muitos amigos”. Estudante de seminário, licenciado em Filosofia e Letras e militante do PSOE desde 1972, o máximo responsável político das FSE na ‘provincia’ foi professor de Latim, língua da que assegura ter recebido “umha visom da vida distinta, umha visom humanística do mundo”. Aliás, Pose foi secretário geral da Federaçom de Ensino (FETE) da UGT, “defendendo os direitos dos trabalhadores do ensino”; autor do livro ‘A Victor Fraiz’, mestre de Silheda e primeiro secretário de FETE fusilado polos fascistas em 1937; concelheiro e secretário geral do PSOE de Ferrol a meados da década de 80 quando se incia a ‘reconversom’ do naval, deputado provincial e, desde 2004, com a presidência de Rodríguez Zapatero, do que é entusiasta, director provincial do INEM, onde recebeu em 2006 o primeiro posto na classificaçom espanhola de productividade. Satisfeito e convencidamente socialdemocrata e espanholista, Pose Mesura declara que “para mim é um honor representar o Governo de Espanha na província da Crunha, e aqui estou, intentando faze-lo o melhor que podo e o melhor que sei”. De todas as declaraçons deste responsável político que atesoura já um amplo leque de intervençons repressivas (1) no seu breve périplo à frente da ‘Subdelegación’ ficamos com as seguintes: “Eu creio de verdade na política, política no sentido etimológico da polis, do cidadám. O político tem de estar ao serviço dos cidadáns, e há distintos sítios onde se pode desempenhar essa faceta. Esta é umha de muita responsabilidade, mas também é de muita responsabilidade estar formando, educando, ensinando à juventude, é umha responsabilidade enorme. Alguns dos momentos mais fermosos da minha vida passei-os com a juventude”. A respeito do PSOE afirma “para mim era umha opçom muito válida o mundo da socialdemocracia, que nom é nem mais nem menos que plasmar utopias que tinhamos de moços: um mundo mais justo, mais humano, mais igualitário, no que a gente se poda entender dialogando, que veja no que vai à beira um companheiro de viagem, umha pessoa com a que paga a pena conviver, nom um competidor, nom um possível inimigo. Isso para mim é a política, levar ao summum a cidadania, (…) sem, evidentemente, excluír as liberdades individuais, que enriquecem esse mundo cidadám. E eu creio que onde melhor se plasmam essas ideias é no socialismo”. (1) Como mínima mostra apontarmos: detençom do militante comunista Carlos Cela acusado de delitos inexistentes, detençom do militante independentista R. M. M., identificaçom de independentistas que denunciavam a especulaçom em Betanços, identificaçons e cargas policiais contra activistas contrários a presença da associaçom ultra ‘Galicia Bilingüe’ em várias localidades da ‘provincia’, agressons policiais a trabalhadores de Albada e detençom dum operário, emprego da força contra trabalhadores da mina de Serrabal, tentativas de introduzir confidentes no movimento independentista denunciadas por jos_content da Galiza, acossa policial a operárias em conflito de Tallemprés, proibiçom das mobilizaçons de 8 de Março de 2008, actuaçom mediático-policial no ‘affaire María Sangil’ e sucessivas detençons de independentistas, identificaçom e processamento posterior de independentistas ordenses por realizarem propaganda contra o AVE, detençons dos independentistas Sánti Vigo e José Sanches, acossa policial a activistas da Causa Galiza em Taveirós, brutais cargas policiais contra a Rondalha da Mocidade com a Bandeira convocada pola AMI em Julho de 2007 resultando várias pessoas feridas e dezenas de contusionadas, ‘tomada’ policial do serviço de Urgências do CHUS nessa noite, inibiçom governamental na concessom do indulto aos ‘Três do Eixo’, denúncia policial e processamento de militantes independentistas que assinalavam “passividade institucional” na defesa do galego, detençom de Bernardo Bastida no conflito de Reganosa, sucessivas agressons policiais a vizinh@s de Trasancos contrários à instalaçom da plata de gás, etc.