Opositores políticos bascos renunciam à sua defesa jurídica na ‘Audiencia Nacional’ porque “a sentença está escrita”

@s vinte e sete opositor@s polític@s ao regime espanhol pertencentes às organizaçons populares bascas Gestoras pro-Amnistia, Askatasuna, Senideak e o Observatório de Direitos Humanos de Euskal Herria Beatokia processad@s desde onte na ‘Audiencia Nacional’ renunciavam à sua defesa “em termos de juízo clássico” dado que “nom reconhecemos ao tribunal de excepçom nengumha legitimidade”. Aliás, destacárom que o seu labor consistiu em trabalhar em favor dos direitos d@s pres@s independentistas basc@s e projectar a denúncia da repressom a nível nacional e internacional. Deste modo ficavam suspendidas todas as comparecências previstas até a próxima quarta-feira, aguardando-se apenas polas declaraçons das testemunhas da fiscalia e da AVT. A defesa d@s opositor@s polític@s basc@s só citará umha vintena de testemunhas das 270 inicialmente propostas umha vez que os processados renunciavam à defesa jurídica, segundo informou a letrada basca Amaia Izko. A vista começava às 10:20 AM no pavilhom que a ‘Audiencia Nacional’ tem na Casa de Campo de Madrid e utiliza habitualmente para celebrar processos multitudinários como o presente. Olano, o primeiro O primeiro processado em tomar a palabra foi Juan Mari Olano, que se negou a responder às perguntas do fiscal, Carlos Bautista, e da acusaçom popular exercida pola AVT, contestando apenas as perguntas da defesa. Olano explicou esta atitude alegando que o tribunal político espanhol “está a miles de quilómetros da imparcialidade” e que a sentença que com certeza enviará a prisom @s activistas do movimento pro amnistia basco “está escrita porque a instruçom desenvolveu-se com um objectivo político”. Reiterando declaraçons anteriores de outros porta-vozes reproduzidas neste portal, Olano assinalou que nom esperava “nengum tipo de justiça” e assegurou que o tribunal político à frente do que estám Teresa Palacios, Carmen Paloma González Pastos e Juan Francisco Martel “vai-me condenar”. O porta-voz do organismo anti-repressivo Askatasuna renunciou à sua defesa, como o resto dos processados. A ‘Audiencia Nacional’ solicita para ele, igual que para os outr@s 26 activistas polític@s, dez anos de prisom por umha suposta “integraçom em organizaçom terrorista” em aplicaçom da doutrina garzoniana do “Todo é ETA”. Alegato político Olano aproveitou o seu turno de palavra para recordar que leva “muitos anos” trabalhando no movimento pro amnistia e assegurou que “em Euskal Herria nom se respeitam os direitos civis nem políticos”, existindo “um sistema para manter a repressom”. O porta-voz de Askatasuna advertiu que “pola via da repressom nom há soluçom” umha vez que seria necessário “respeitar a decisom de Euskal Herria através do diálogo e a negociaçom”. Finalmente, Olano afirmou “para terminar vou dizer que este tribunal me condenará, mas nom me vai julgar (…) e estas som as minhas últimas palavras aqui”. Os restantes processados e processadas pronunciárom-se ante os juízes especiais de forma similar. Umha vez feitas todas as declaraçons, a magistrada Teresa Palacios saia em defesa do tribunal político sucessor do antigo TOP e afirmava contra toda evidência que “nom se está enjuizando à ‘Audiencia Nacional’, frente ao que vinhérom manifestando. Nom julgamos ideologias mas actividades delitivas”. Manifesto @s vinte e sete activistas colocárom no web que se anexa ao pé do corpo desta notícia um Manifesto em que explicam a sua posiçom ante o processo iniciado hoje em Madrid. Eles próprios afirmam que som “a consequência directa da existência dum colectivo de miles de retaliados políticos no nosso povo”. Sobre a renúncia à defesa jurídica assinalam que se negam a “participar numha farsa judicial que outorgue algum tipo de credibilidade democrática a dito tribunal”. Despidem-se declarando em euskera e espanhol que as autoridades espanholas “querem fazer invisível a repressom, querem total impunidade para seguir reprimindo outros 30 anos. Os miles de retaliados deste povo seremos os primeiros em nom permitir-lhe-lo”. A vista oral reanudará-se a próxima segunda-feira, com a declaraçom das testemunhas apresentadas pola AVT e a Fiscalia.