Madrid nomeia novo máximo responsável da Polícia espanhola e da ‘Guardia Civil’ um ‘aparachik’ estatal de larga trajectória

Francisco Javier Velázquez, “Paco Velázquez”, segundo o denominou familiarmente o ministro espanhol Alfredo Pérez Rubalcaba na rolda de imprensa em que se fijo público o seu nomeamento, será o novo ‘Director General de la Policía Nacional y la Guardia Civil’ em substituiçom do anterior ‘Mando Único’, Joan Mesquida, que foi nominado ‘Secretario de Estado de Turismo’. Rubalcaba dixo de Velázquez que “nom sae da 62, nom vem de fora da 62, muda dum posto para o outro” em referência a que, desde Setembro de 2006, foi ‘Director General de Protección Civil y Emergencias’, organismo dependente do departamento policial e a que o nomeamento encena a “continuidade” no seu departamento. Velázquez foi também ‘Secretario General para la Administración Pública’ na anterior legislatura espanhola. Andaluz –Castilblanco de los Arroyos, 1951-, o novo ‘Mando Único’ é licenciado em Políticas e Económicas e funcionário do ‘Cuerpo Superior de Administraciones Civiles del Estado’ –os conhecidos como TACs-. Com umha larga carreira de mais de 30 anos na administraçom espanhola iniciada em Dezembro de 1982, com a chegada do PSOE ao Governo espanhol, quando desempenha o cargo de ‘Secretario de Estado para la Administración Pública’, a trajectória de Velázquez é a dum ‘home do aparato” estatal que gire quaisquer áreas políticass indistintamente que governar PSOE ou PP. Assi, trás a vitória da extrema direita espanhola em 1996, o novo ‘Mando Único’ foi um importante cargo institucional no MAP estando vinculado anteriormente a aspectos tam diversos da administraçom como administraçons públicas, agricultura, pesca, ‘cooperaçom territorial’, alimentaçom, direcçom de recursos humanos, delegado governamental de sociedades concesionárias de autoestradas de portagem, etc. Desde Setembro de 2006 incorporava-se ao ‘Ministerio de Interior’ sendo nomeado máximo responsável de ‘Protección Civil y Emergencias’, organismo que em Espanha é dependente do departamento policial. Mesquida, agora para ‘Turismo’ Da “versatilidade” imensa dos altos funcionários espanhóis fala também a trajectória do que foi primeiro ‘Mando Único’, Joan Mesquida, que de nacionalista na sua juventude rematava desempenhando as máximas responsabilidades políticas nas FSE desde a reestruturaçom do ‘Ministerio de Interior’ de Setembro de 2006 e que, agora, será novo ‘Secretario de Estado de Turismo’, um sector estratégico para o projecto nacional espanhol. Rubalcaba destacou ante o malhorquim cessante que “o fijo muito bem” e foi “um trabalhador sério, honesto e leal” para com o Estado espanhol. Durante a comunicaçom pública da designaçom do novo responsável político das FSE destacou a presença de Antonio Camacho, ‘número 2’ do departamento que, embora carecer de excessiva projecçom mediática, se fazia tristemente famoso em meios de defesa das liberdades públicas e os direitos humanos através dum vídeo gravado por umha TV australiana em que o alto funcionário policial se enfrontava ao seu entrevistador ao ser perguntado sobre a persistência da tortura no Estado espanhol. Anexamos na ligaçom inferior aquela significativa filmaçom. “Rançoso e reaccionário” Além das depuradas biografias oficiais aparecidas nas últimas horas, os comentários de diversos foros oferecem um interessante contra-ponto a respeito do asséptico perfil oficial do novo ‘Mando Único’. Assi, no foro do diário espanhol ‘Público’ assegura-se que os TACs som “pessoas que nom sabem de nada” e afirma-se de Francisco Javier Velázquez que “se dedicou toda a sua vida administrativa a exercer e promover o corporativismo mais reaccionário e rançoso”. Da sua capacidade adaptativa por cima de presuntas etiquetagens ideológicas fala a sua trajectória vital, mas também vozes que destacam o seu corporativismo e asseguram que “é antes TAC que do PSOE”. Velázquez, que é apresentado polo seu superior como elemento integrado numha estratégia continuista, terá nos próximos tempos as mais altas responsabilidades sobre a imigraçom, o tratamento policial do conflito espanhol em Euskal Herria, a ‘regionalizaçom’ das polícias estatais, a evoluiçom do controlo e a vigiláncia social, a policializaçom da vida comunitária, a privatizaçom da ‘segurança cidadá’, a presença da tortura e os maus tratos em quartéis e esquadras –denunciada por associaçons de direitos humanos e organismos internacionais como a própria ONU- e um sem fim de matérias vinculadas ao exercício, ou impossibilidade de exercício, das liberdades democrático-formais. Anexamos ao pé desta informaçom o linque sobre Antonio Camacho anunciado no corpo da notícia.