Juíz corunhês imputou três polícias espanhóis num delito de lesons ao operário de Albada agredido na passada semana

Ramón Borja, operário da empresa Albada, que gire a planta de resíduos sólidos de Nostiám, acodiu na passada quinta-feira 10 de Abril ao Julgado de Instruçom nº 2 da Crunha acusado dum delito de “atentado contra a autoridade”. Borja, denunciado como agressor, fora no entanto agredido por vários efectivos da Polícia espanhola quando participava numha mobilizaçom laboral em demanda de melhoras salariais e maior segurança no trabalho, resultando com diversas maçaduras e lesons, umha das quais afectou um dos seus ombreiros e obrigou-no a colher baixa laboral. O processo judicial contra o trabalhador galego serviu para que este acusasse os três agentes da Polícia espanhola dum delito de lesons. Fontes da CiG assegurárom a diferentes meios que Ramón Borja, trás ser posto em liberdade no passado dia 7 acudira ao hospital corunhês para realizar o informe médico que constata as lesons recebidas. Segundo estas mesmas fontes, a advogada do operário, Berta Otero, anunciou que o juíz do caso decidira continuar a instruçom do processo –um ‘juízo rápido’-, imputando os três polícias por um delito de lesons e a Borja por um de suposto “atentado contra a autoridade”. De baixa após a agressom O informe médico forense foi incorporado ao caso. Segundo José Manuel Vilariño, presidente do comité de empresa de Albada, o trabalhador agredido “foi golpeado bruscamente e lesionou-se em várias zonas do corpo, sobretodo no ombreiro”, motivo polo que neste momento nom pode assistir ao trabalho. Umha vez realizadas as diligências actuais e chamados a declarar os imputados, o magistrado decidirá se a causa segue avante ou se arquiva. Recordamos que as denúncias “por agressom”, “desobediência” ou “atentado” por parte da Polícia espanhola quando se vê envolvida em incidentes violentos com manifestantes fai parte dum quase protocolo rumado a justificar o emprego da violência policial e cubrir-se as costas ante eventuais denúncias. A sistematicidade que adopta este mecanismo fai com que se tenham produzido em múltiplas ocasions situaçons impossíveis, como a acontecida no passado dia 9 nos julgados vigueses, quando sete independentistas eram acusados duns incidentes que nunca aconteceram na realidade, mas que estariam na origem dumha carga policial produzida ante a esquadra de Vigo em 6 de Dezembro de 2007.