Sete activistas da Causa Galiza serám processados nesta quarta-feira em Vigo acusados de “lesionar” um antidistúrbios

Aurélio L., Roberto R., Salvador G., Davide B., Rute V., Constante V. e Joám P., activistas da iniciativa cívica pola Autodeterminaçom Causa Galiza, serám processados neste 9 de Abril às 11:30 da manhá no Julgado de Instruçom nº 6 de Vigo. A Polícia espanhola denuncia @s encausad@s de “lesionar” um agente antidistúrbios na concentraçom que no passado 6 de Dezembro se celebrava ante a esquadra da Polícia espanhola na cidade olívica para exigir a liberdade de quatro militantes independentistas detidos. A denúncia policial assegura aliás que @s agora processad@s tratárom de rachar o cordom policial despregado frente à concentraçom para entrar na esquadra (!?), ao tempo que curtavam o tránsito e impediam a circulaçom entre a dependência policial e a rua José Frau. O informe das FSE fala também dum suposto lançamento de pedras e objectos contundentes sobre os agentes que provocaria as hipotéticas lesons do denunciante. Finalmente, a citaçom judicial advirte que os ‘antidistúrbios’ fôrom apupados com gritos de ‘Cans fascistas, vós sodes os terroristas’, ‘Fora as forças de ocupaçom’ ou ‘Som repressores, nom som trabalhadores’. Paradoxo Apesar da relativa gravidade das acusaçons cursadas contra os activistas da Causa Galiza, resulta paradoxal que os agentes das FSE nom procedessem a praticar detençons no momento em que se produziam os supostos incidentes. Mais ainda, se trazemos em conta que @s agora processad@s permaneciam durante horas no lugar onde se produziriam os factos que apontam as FSE. ‘Surpressivo’ é também que, apesar dessa relativa gravidade dos acontecimentos, os efectivos policiais nom identificassem @s supost@s infractor@s e permitissem a sua livre circulaçom após a agressom que resenham. À vista dos dados, todo indica que a ‘selecçom’ dos nomes dos encausad@s se fijo na própria dependência policial a golpe de álbume fotográfico. É chamativo, aliás, dentro deste cúmulo de extranhezas que envolve todo o processo, que todas as pessoas que nestas semanas recebérom as citaçons para o juízo da quarta-feira sejam sóci@s do centro social Revolta de Vigo, quando na concentraçom participavam pessoas de diferentes centros sociais, associaçons, organizaçons e comarcas do País. Tratamento repressivo da Causa Galiza A repressom parece nom tardar em acompanhar o desenvolvimento da iniciativa cívica pola Autodeterminaçom Causa Galiza. Após um tratamento mediático relativamente benigno nos dias prévios e posteriores à sua primeira apariçom pública, as práticas das FSE, dos meios, da judicatura e da ‘Delegación del Gobierno de España’ na Galiza administrativa teimárom em dar-nos a razom a quem afirmamos que, neste País, quando se trata de soberanistas, nom existem as liberdades democráticas mínimas exigíveis. Assi, nas semanas e meses posteriores à apariçom pública da Causa Galiza já se produziam retençons de activistas, retirada de propaganda por efectivos policiais, registos selectivos de veículos, o processamento das três pessoas que assinárom ante as autoridades espanholas a convocatória dumha mobilizaçom polo direito de Autodeterminaçom em 6 de Dezembro, umha carga policial na concentraçom que origina o actual processamento, a criminalizaçom por parte do diário espanol ‘El País’, associando a iniciativa cívica com a luita armada, etc. De Ceivar queremos denunciar que este tipo de práticas institucionais, além de supor umha vulneraçom flagrante das liberdades formais e encenar a existência dum apartheid de baixa intensidade para quem rechaçamos o actual quadro jurídico-político, procuram envolver as iniciativas afectadas numha dialéctica de auto-defesa e mera contestaçom à repressom, que impida o desenvolvimento das linhas de trabalho que se marcam em cada momento. O que está a acontecer à Causa Galiza, e a outras entidades e dinámicas de trabalho, enquadra-se, na nossa opiniom, na estratégia espanhola de reduzir o independentismo ao discurso e a práxis anti-repressiva, impedindo que desenvolva as imprescindíveis estratégias de intervençom social e política. Assistência ao juízo Dadas as dificuldades para convocar umha mobilizaçom de apoio a@s encausad@s durante horário laboral, de Ceivar chamamos as pessoas solidárias a assistirem à sala de vistas como expressom de rechaço a este tipo de processamentos e de apoio às pessoas e entidades que som objecto dos mesmos.