CIG denuncia que a Justiça processará 73 trabalhadores galegos por “vandalismo” trás as greves do Naval e a Construçom

A Justiça espanhola quer cobrar portagem repressiva polas greves desenvolvidas polo naval e a construçom viguesas em 2006 e 2007. Segundo denunciou o secretário geral da CIG em Vigo, Xeraldo Abraldes, 73 trabalhadores galegos estám incursos em processos judiciais pola sua participaçom nas greves dos dous sectores. Do total, 54 pertencem à construçom e 19 ao naval. O sindicalista anunciou que este Dia da Classe Obreira Galega “será o primeiro momento de visualizaçom da campanha contra a criminalizaçom do movimento sindical e de apoio aos companheiros imputados”. As acçons judiciais iniciadas contra os 54 operários da construçom polas greves de Maio e Outubro de 2007 estám abertas nos julgados de Vigo, Ponte Areas, Túi, O Porrinho e Redondela. Aliás, outros 19 operários encontram-se processados pola sua participaçom nas luitas do naval de 2006 e 2007. Finalmente, seis sindicalistas encontram-se imputados no juízo seguido pola ocupaçom da sede da Junta da CAG em Vigo por dezenas de operários. “Giro no panorama” repressivo “Perigosos pais de família de Salvaterra, As Neves, Vigo e Redondela que tenhem que estar apresentando-se, nalgum caso semanalmente, nas esquadras e julgados para demonstar que nom vam escapar ao estrangeiro”, afirmou o dirigente sindical viguês em referência aos participantes na acçom reivindicativa no prédio da Junta. A entidade que denunciou estes trabalhadores é o departamento de Presidência da administraçom autonómica. A este respeito, Abraldes anunciou “um novo giro no panorama” a nível repressivo cuja denúncia iniciará a CIG na rua a partir deste 10 de Março. “Entendemos que som pessoas chamadas a declarar na sua qualidade de dirigentes sindicais, e que nos situa num panorama distinto no que a Fiscalia trata de criminalizar o movimento sindical galego e, especialmente, a CIG”, anunciou. Segundo Xeraldo Abraldes, os atestados apresentados pola Justiça espanhola pretendem situar os processados como “os indutores ou cérebros, os que arengárom as massas para que agissem, polo que exigem um castigo exemplarizante”. Tentativa de “domesticar-nos” O secretário comarcal da CIG em Vigo explicou que “da CIG parece-nos umha escalada gravíssima e anunciamos já que tanto desta comarca, quanto de todas as estruturas federais e confederais do sindicato, vamos estar com os nossos companheiros e vamos denunciar estas pretensons até o de agora inéditas da administraçom e do próprio organismo judicial”. Abraldes assegurou que o que se pretende a Justiça é “atacar o sindicalismo reivindicativo e dar um castigo para conseguir domesticar-nos”. Finalmente, o sindicalista advertiu que “queremos fazer deste 10 de Março um claro recordatório dos custos que nos está a trazer a mobilizaçom salarial e de como da Administraçom, o Governo, e apoiados com o silêncio dos outros sindicatos, se está a fazer umha repressom sistemática do movimento obreiro, e especialmente do sindicalismo mais consequente e nom entreguista como o nosso”. O sindicalista viguês comparou esta atitude com a seguida por parte da Justiça espanhola com o patronato “que som autênticos delinquentes em temas de segurança laboral, contrataçom e respeito dos direitos dos imigrantes, e nom conhecemos qualquer tipo de condena contra estes delitos”.