Paco Jorquera expujo a posiçom “construtiva” do BNG face as forças de ocupaçom na Faculdade de Ciências da Comunicaçom

Existe questons relativas ao debate político que definem com nitidez quem é cada quem na dialéctica nacionalismo espanholismo. A posiçom ante o quadro jurídico-político actual, a defesa da Autodeterminaçom e a diagnose das forças policiais e militares espanholas destacadas no nosso território som algumhas salientáveis. Paco Jorquera, nº 1 do BNG pola Crunha ao Congresso espanhol, explicitava onte no comício celebrado a iniciativa de Galiza Nova na Faculdade de Ciências da Comunicaçom qual a posiçom do Bloco ante a ‘Guardia Civil’ para quem ainda nom a conhecer. Segundo informa o portal independentista galizalivre.org, Jorquera foi interrogado por várias assistentes ao comício sobre a decisom estatal de acrescentar o número de efectivos policiais e militares deslocados na CAG argumentando que “a polícia desenvolve um papel imprescindível na nossa sociedade”. De facto, a disposiçom a acrescentar o número de efectivos policiais no Estado e o número de detidos fôrom alguns dos cavalos de batalha do processo eleitoral que remata. Aliás, tildou de “brinde ao sol” a posiçom crítica ao respeito e apontou que “há guardas civis nacionalistas [galegos] que votam no BNG”. Finalmente, o aspirante a deputado galego em Madrid assegurava que “eles nom tenhem a culpa de levar a bandeira espanhola, imponhem-lho”. Demagogia e conflito A posiçom de Jorquera sobre os corpos repressivos espanhóis é coerente com a visom e perspectivas que o BNG fai da questom galega e nom deve surpreender na altura. Se de que se tratar é de procurar ‘acomodo’ em Espanha aprofundando a descentralizaçom administrativa e reduzindo a dialéctica Galiza Espanha a obter maior poder de gestom e investimentos do Estado no País, umha caracterizaçom objectiva das FSE é desnecessária e incluso contraproduzente para o sucesso da estratégia. O BNG redefine a realidade em funçom dos interesses dessa estratégia política. No entanto, para além da renúncia que delatam as palavras do candidato e a prática diária do Bloco, o seu argumento é demagógico e insustentável: falar em indivíduos nacionalistas [galegos] integrados numha força policial e militar à que a Constituiçom espanhola de 1978 destina a finalidade de reprimir a luita polo direito de Autodeterminaçom e defender, manu militari, “a unidade de Espanha” é, como mínimo, umha contradiçom em termos. O definitório nom é a disposiçom anímica individual –sentir-se “guarda civil nacionalista” [galego], empresário socialista, etc.-, mas a funçom objectiva que cada quem se joga num contexto. Conflitos de soberania na Europa mais desenvolvidos do que o galego demonstram por toda a parte a incompatibilidade existente entre a pertença a movimentos de liberaçom nacional e a integraçom nos corpos policiais e militares encarregados de repremer aqueles. Contodo, dado que a direcçom e boa parte do corpo social do nacionalismo maioritário se acomodárom na institucionalidade vigente e renunciam a umha estratégia de soberania, a adesom de agentes das FSE que partilhem o ideário da ‘Espanha plurinacional e pluricultural’ perde o carácter contra natura que tinha originariamente no caso do BNG, embora, à vista da diversa composiçom social deste e da interacçom negativa que as FSE tenhem com a sua base mais popular (conflitos vizinhais, sindicalistas, juventude, etc.), as contradiçons continuarám existindo.