USC apresta-se a iniciar a “caça do independentista” após gerar-se o necessário clima de linchagem mediática trás o ‘affaire San Gil’

A visita dumha dirigente da ultradireita espanhola à Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da USC e a sequência de factos desencadeiados por este motivo parecem dar pé a um novo episódio da ‘caça do independentista’, desta vez na instituiçom que se auto-representa como templo da toleráncia e o debate plural. A promotora da iniciativa, a decana desta Faculdade, Maite Cancelo Márquez. Os destinatários, sete estudantes cujos nomes venhem de ser recolhidos no informe apresentado à Reitoria da USC em que se solicita a sua expulsom da Universidade. Seis moços e umha jovem, estudantes de Direito, Políticas, Jornalismo, História e Económicas som os bodes expiatórios do processo repressivo detrás do que está a mao da citada Cancelo Márquez. Segundo informa esta, vários decanos de outras Faculdades teriam participado “voluntariamente” na ‘identificaçom’ d@s participantes no protesto contra a presença de María San Gil. Lembramos que esta dirigente do PP na Comunidade Autónoma Basca fai parte dum partido que ainda nom condenou o regime franquista, que mostra umha clara nostálgia polos métodos do anterior Chefe do Estado espanhol e que, actualmente, promove a ilegalizaçom e encarceramento de dirigentes independentistas. “Com nomes e apelidos”, limitou-se a dizer Cancelo Márquez a respeito das identificaçons realizadas polos decanos da USC e que agora se encontram num informe entregue à Reitoria da USC, que dirimirá possíveis expulsons d@s estudantes processados. A decana envolvida em funçons parapoliciais demandou “a expulsom imediata” de tod@s @s estudantes que som objecto do informe. Cancelo nom para aqui e, demonstrando o seu ódio contra o nacionalismo galego e a sua condiçom de fidel seguidora da sua convidada, solicitava “que se faga todo o possível para que desapareza Agir”, a associaçom estudantil independentista à que pertencem parte dos retaliados. Sentar um novo precedente Seja qual for o desenvolvimento e resultado final do processo de exemplarizaçom que se inicia, a realidade é que as cartas estám marcadas desde o momento em que se cria mediaticamente umha inexistente “tentativa de agressom a María San Gil”, que entrou na Universidade envolvida por indivíduos portadores de armas, e se fai girar a ‘actualidade política’ do Estado por volta de factos que nom acontecérom. À vista da dimensom dada à ‘notícia’ e a manipulaçom dos factos por parte da prática totalidade dos media, é altamente improvável que todo este processo fique a nível repressivo em águas de bacalhau. Dada a situaçom que se está a desenvolver na USC, que se soma a práticas similares aplicadas no tempo após a luita contra a LOU, com processamentos e expulsons, de Ceivar oferecemos todo o nosso apoio material e solidariedade aos estudantes que estám no alvo da actual iniciativa repressiva para freiar esta tentativa que procura sentar um gravíssimo precedente: a expulsom da USC de qualquer pessoa que manifeste publicamente a sua rejeiçom a determinadas personagens que, apesar de estar abertamente vinculadas à repressom das ideias e dos projectos políticos, como María San Gil, Conde Pumpido ou Manuel Ameijeiras Vales, etc. parecem ocupar nos últimos anos os primeiros postos na nómina de convidados excelsos da instituiçom. USC trabalha objectivamente ao serviço da campanha do PP Queremos denunciar, além do início deste processo e da campanha mediática que o origina, o pregamento de autoridades académicas às iniciativas eleitorais do Partido Popular. Cancelo Márquez está a utilizar a sua condiçom de alta funcionária pública para, por umha parte, perseguir o independentismo na USC na linha do que a sua companheira de viagem María San Gil pratica em Euskal Herria e, por outra, fazer a campanha ao PP, que nos últimos dias desafia em várias frentes à sociedade galega através de entidades interpostas como ‘Galicia Bilingüe’, ‘Mesa por la Libertad Lingüística’ ou ‘Tam galhego como el gallego’.