Grande-Marlaska qualifica agora como “dialecto gallego” a língua do nosso País

O juíz titular do Julgado Central de Instruçom nº 3 da ‘Audiencia Nacional’, Fernando Grande-Marlaska, vem de demonstrar mais umha vez nesta semana a sua condiçom de doberman do espanholismo mais encistado dentro do tribunal especial. O magistrado que na actualidade centraliza os sumários abertos contra o independentismo por parte do tribunal político de excepçom qualifica como “dialecto gallego” (sic) a língua dos cidadáns e cidadás galegas deste País que ele processa. A ‘perla’, que evidencia que tipo de indivíduo está à frente dos processos judiciais contra independentistas galeg@s, aparece numha providência relativa à disposiçom do serviço de intérpretes para os quatro independentistas galegos processados por participarem no passado 6 de Dezembro na queima dum boneco que representava o Chefe do Estado. Dada a impossibilidade de que o magistrado espanhol desconheça o rango legal da língua galega, o escrito de Grande-Marlaska apenas pode interpretar-se como umha provocaçom face o povo galego e mais um sinal do ódio e o despreço que as mais altas instáncias da judicatura espanhola sintem face a “diversidade lingüística”. Pola nossa parte, pouco mais a dizer. Apenas apontar que evidências como a presente deveriam ser alicionadoras para quem acreditam em que a participaçom ‘nacionalista’ nos órgaos de poder institucional do Estado é umha estratégia plausível para avançar no nosso reconhecimento nacional e nos nossos direitos lingüísticos. Longe de ser a excepçom que confirme umha regra, Grande-Marlaska é o elemento paradigmático dumha ideologia que enchoupa órgaos como o CGPJ, a ‘Audiencia Nacional’ e o conjunto do poder judicial espanhol, partes integrantes dum todo que tem entre os seus cometidos políticos fazer inviável o projecto nacional galego no futuro.