“Há juízes que som contrários a todo o que nom seja espanholismo”, declara o vogal do CGPJ Alfons López Tena

Alfons López Tena é, desde há mais de cinco anos e a proposta da formaçom regionalista catalá CiU, um dos vogais do ‘Consejo General del Poder Judicial’, o órgao supremo do Poder Judicial no Estado espanhol que está configurado por 21 membros um dos quais “representa as nacionalidades históricas”. Reconhecido independentista, López Tena demonstra nom ter papas na língua e entre outras situaçons que denuncia está a presença de ex-falangistas como García Calvo no ‘Tribunal Constitucional’ espanhol. O vogal catalám assegura que nas altas esferas do poder judicial do Estado “a divisom entre os juízes é ideológica, conservadores e progressistas, mas muito espanholistas os uns e os outros”. Defendendo umha posiçom nitidamente independentista, López Tena assegura que “votarei si no referéndum pola independência [da Catalunha], e aliás trabalho para levá-lo à prática”. Excessivamente otimista a respeito do respeito dos direitos nacionais pola UE, o juíz catalám afirma também que “Muitos dos defeitos que tem a democracia espanhola (…) sirvem para manter umha situaçom de domínio dumha maioria contra minorias nacionais”. Qualifica a ‘Audiencia Nacional’ de ser umha “espécie de monstruo” As declaraçons de Alfons Tena a respeito do tribunal político especial de que o Estado espanhol se dotou em 1977 –antes de se votar a Constituiçom espanhola- seguem nesta linha de claridade nas proposiçons que informa toda a entrevista. O juíz catalám declara que “O problema da Audiência Nacional é que no seu dia era o ‘Tribunal de Orden Público’. Mudou-se-lhe o nome. Como ter um tribunal especializado em terrorismo fica, internacionalmente, algo extranho, engadírom-se-lhe umha série de funçons”. O entrevistado polo jornal espanhol Diagonal aponta a respeito de juízes especiais como Baltasar Garzón e Fernando Grande-Marlaska, que neste momento leva os principais sumários abertos contra o MLNG, muitos deles ainda sob secreto, que “Aliás, a patologia dos juízes estrela leva a umhas psicologias e actuaçons determinadas”. Finalmente, López Tena afirma a respeito do tribunal político de excepçom que “O que procederia é, bem suprimi-la directamente ou descarregá-la de determinadas matérias” em alusom ao delito de natureza política. Queima de imagens do monarca espanhol Quando independentistas galegos estám acodindo à ‘Audiencia Nacional’ como imputados por queimar imagens do Chefe do Estado espanhol, o vogal do Poder Judicial assegura que “Nom tem sentido que a queima das bandeiras do rei (sic) tenha que julgar-se na ‘Audiencia Nacional’ em Madrid”. Denunciando o carácter anti-democrático da existência dum tribunal especializado no delito político, Alfons López assegura que “Nos países de larga tradiçom democrática nom existem órgaos deste tipo”. Convidamos as nossas leitoras e leitores a ler na íntegra a entrevista que o periódico Diagonal realiza a este membro do CGPJ que, de dentro dum dos principais órgaos do poder espanhol, descreve realidades que todos e todas devemos conhecer.