Um militante galego do SRI ingressa em prisom por ordem de Marlaska enquanto o outro a elude trás abonar 12.000€

O tribunal político de excepçom que conhecemos como ‘Audiencia Nacional’ rematava no dia de onte o operativo iniciado “contra o Grapo” na passada quarta-feira pola ‘Guardia Civil’. O juíz especial situado nesta ocasiom à frente do processo, Fernando Grande-Marlaska, ordenava o ingresso incondicional em prisom de Carlos Cela, comunista e militante do organismo anti-repressivo SRI, enquanto permitia eludir esta a Xosé Luís Fernández “Ché” trás o abono dumha fiança de 12.000€. Esta medida é devida à condiçom de discapacitado físico do “Ché”, produto do disparo recebido por este militante comunista a mao dum agente das FSE trás ser detido em 1980. Xosé Luís Fernández deverá comparecer semanalmente em dependências judiciais. Aliás, Grande-Marlaska deu ordem de que se retire o passaporte ao militante do SRI e decretou a proibiçom de que abandone o território estatal. Ambos cidadáns galegos estivérom incomunicados sob legislaçom ‘antiterrorista’ e negárom em todo momento pertencer à organizaçom armada espanhola Grapo que Pérez Rubalcaba declarara “totalmente desarticulada”. Citar apenas, como dado abertamente surpressivo, que resulta de todo ponto incompreensível a excarceraçom do “Ché” à luz as gravíssimas responsabilidades penais que os meios e o ‘Ministerio de Interior’ vertérom unanimemente nestes dias sobre a sua pessoa. Mentiras de ‘Interior’ O departamento espanhol de Interior continuava emitindo no dia de onte declaraçons abertamente contraditórias a respeito da última operaçom policial. Trás considerar “relevante” o resultado do dispositivo iniciado na quarta-feira passada, que se saldou finalmente com quatro militantes do SRI presos, o ‘Ministerior de Interior’ decartava que a organizaçom armada espanhola tivesse neste momento qualquer estrutura estável. Aliás, o departamento de que é titular Alfredo Pérez Rubalcaba negava rotundamente que o Grapo tivesse qualquer comando operativo para realizar acçons. Contodo, incompreensivelmente, Carlos Cela é acusado de pertencer a umha estrutura que as autoridades policiais declaram “totalmente desarticulada”. Impom-se, portanto, como estava previsto, a tese da “detençom preventiva” aplicada desde há anos em certos Estados da UE e em USA. Sinteticamente, esta concepçom permite arrestar e incomunicar pessoas que, devido à sua ideologia e/ou militáncia, sejam “vinculáveis” a organizaçons ilegais e generaliza num momento dado o delito de “pertença a banda armada” a toda pessoa ou organismo que compartilhe finalidades sócio-políticas com umha organizaçom ilegal, que se relacione com @s seus militantes, que nom condene as suas actividades ou as contextualize politicamente. Neste quadro, qualquer militante social e político pode ser detido, incomunicado, e até torturado e interrogado, em base aos critérios apontados. Recebimento em Vigo Umha extensom estrambótica desta concepçom é o discurso sobre a existência dumha “família terrorista”, que pudemos ouvir repetitivamente nos últimos dias, e que elaborado desde o departamento de ‘Interior’ foi reemitido pola prática totalidade dos meios de difusom ‘oficial’, delatando até que ponto a desvergonha, a submissom canina às estratégias policiais e políticas e a mais absoluta falta de rigor e profissionalidade som as normas de comportamento das redacçons dos principais meios de comunicaçom de massas. Finalmente, hoje às 18:00 h. Xosé Luís Fernández “Ché” será objecto dum recebimento popular na Praça de Mira Flores na viguesa paróquia de Sárdoma donde foi sacado contra a sua vontade na noite do passado 23 de Janeiro. Convidamos todas as pessoas conhecedoras desta convocatória a estender a sua difusom e assistir à homenagem ao militante do SRI.