Solidári@s levárom a sua mensagem de ánimo aos pres@s independentistas num clima de permanente acossa policial

45 solidárias e solidários galegos deslocárom-se de autocarro neste domingo passado para levar a sua mensagem de ánimo, apoio e solidariedade aos presos independentistas recluidos no centro penitenciário de Alcalá-Meco (Madrid) e Brieva (Ávila). 1500 km. de compromisso percorridos em apenas 24 h. e durante os quais a permanente acossa policial sofrida foi enfrontada com notável ironia e unanimidade. O autocarro contratado por Ceivar partia às 7:10 h. da manhá de domingo desde a Crunha para recolher @s solidári@s nas cidades de Compostela, Ponte Vedra, Vigo e Ourense e saír depois para a prisom espanhola de Alcalá-Meco. O primeiro incidente produzia-se na última paragem do veículo na Galiza, em Ourense, quando várias dotaçons policiais exigiam a documentaçom às pessoas que se deslocavam no autocarro introduzindo-se no veículo. A intervençom policial foi a causa dum notável retraso no horário previsto polos solidári@s. A seguir, horas depois, o autocarro alcançava a cidade de Alcalá de Henares no lusco-fusco. Efectivos antidistúrbios da Polícia espanhola com o rosto tapado interceptavam de novo o veículo quando se dirigia para a prisom de Alcalá-Meco. Os antidistúrbios, além de curtar a estrada com umha furgoneta, sobiam ao transporte dando ordens ao seu condutor a respeito donde se devia dirigir. Ao mesmo tempo, realizavam, por segunda vez, o trámite de solicitar a tod@s @s presentes a documentaçom. Dada a obrigatoriedade legal de cumprir o requisito, @s solidári@s entregavam os BIs enquanto cantavam a umha voz o popular “Quando me falam de Espanha…” como mostra de rechaço passivo aos agentes da repressom. Cordom policial Aparcado o veículo a cem metros do muro exterior de Meco, os agentes espanhóis recordárom aos solidári@s que se encontravam “num área de segurança do Ministério de Interior”, embora estariam autorizados a realizarem igualmente a concentraçom prevista. O acto consistiu no despregamento dumha faixa com a legenda ‘Liberdade pres@s independentistas’ assinada por Ceivar e dezenas de bandeiras da Pátria, ao tempo que se coreavam palavras-de-ordem contra a dispersom, exigindo a liberdade d@s patriotas pres@s, denunciando as máfias da construçom e reivindicando o exercício do direito de Autodeterminaçom. Trás quase umha hora de concentraçom no muro exterior de Alcalá-Meco, @s solidári@s galeg@s decidiam volver ao autocarro para dirigir-se já em plena noite à prisom espanhola de Brieva (Ávila) onde se encontra a presa independentista Giana Gomes. Minutos antes, o agente policial ao mando da UIP advertia que “de continuardes nessa atitude” –em referência à negativa dos concentrados a repartirem entre eles os BI requisados temporalmente, dada a nula disposiçom a faze-lo os polícias- os efectivos procederiam a umha intervençom “dissuassória”. Faixa luminosa em Ávila com a legenda ‘Liberdade’ A concentraçom desenvolvida no centro penitenciário de Brieva, embora tivo também umha significativa presença policial de agentes à paisana, pudo-se desenvolver com normalidade sem a presença coactiva dos antidistúrbios. Durante as quase duas horas que durou esta mobilizaçom, @s concentrad@s pudérom comunicar-se às vozes por cima do muro penitenciário com a presa galega Giana Gomes. Dizer, como exemplo da repercusom que tivo a concentraçom solidária, que desde as janelas de diversas celas asomavam ikurriñas e bandeiras galegas, escuitando-se simultanemanete vozes de presas políticas e sociais que respondiam as palavras-de-ordem lançadas desde o exterior do muro. Umha bandeira da Pátria era pendurada num poste do tendido eléctrico a umha altura superior à do muro exterior, ficando visível para as presas de Brieva. Foi também um dado especial o despregamento dumha faixa luminosa de quatro metros com a legenda ‘Liberdade’, que se pudo olhar desde algumha das galerias superiores da prisom espanhola e o cántico de palavras-de-ordem em solidariedade com as presas políticas bascas, como ‘Euskal presoak, Euskal herrira!’ ou ‘Galiza, Euskal Herria, a mesma luita! De facto, na prisom abulense encontram-se, além de várias presas da organizaçom armada independentista basca ETA, algumhas das mulheres de organismos políticos e sociais da esquerda abertzale. Filmaçom Desde umha das garitas da prisom espanhola onde se encontra Giana Gomes, agentes da ‘Guardia Civil’ gravavam em vídeo o acto solidário. Por sua parte, tanto em Meco quanto em Brieva, participantes na mobilizaçom convocada polo nosso organismo gravavam o acto solidário. Nos próximos dias poremos a disposiçom dos nossos leitores e leitoras este vídeo que, apesar da sua baixa qualidade visual, devida aos contínuos retrasos provocados pola Polícia espanhola sobre os horários previstos, dá conta do decurso desta ‘II Marcha Nacional pola Liberdade’ na que participárom pessoas da prática totalidade do espectro nacionalista galego.