Associaçom de agentes da ‘Guardia Civil’ critica versom oficial das detençons e afirma que Resistência Galega “nom existe”

Se algumha virtude indirecta se pode atribuir à repressom quando irrompe no cenário sócio-político com a contundência com a que o está a fazer nesta ocasiom é o seu papel esclarecedor de atitudes e posiçons. Cumplicidades, silêncios covardes, colaboracionismo, interesses eleitorais, mentiras, submissom mediática, solidariedade e generosidade desfilam ante os nossos olhos com umha nudez inabitual. Recolhemos desta vez umhas declaraçons provintes directamente da ‘Guardia Civil’ que, no entanto, paradoxalmente, delatam como as autoridades políticas e os meios estám a tratar a detençom de Santiago Vigo, José Manuel Sanches e Adriám Ponte. Embora todas estas versons merezam a mesma credibilidade, esta que apresentamos denota graves contradiçons no discurso do poder. Segundo o comunicado emitido onte pola ‘Unión Federal de Guardias Civiles’ (UFGC), umha associaçom corporativa de agentes do instituto armado espanhol, a satisfacçom exprimida polas autoridades políticas trás as detençons de Portozinho e Compostela dista de ter qualquer sentido. Frente às apologéticas versons oficiais que vincam na eficácia repressiva do instituto castrense e “a importáncia desta operaçom antiterrorista”, a UFGC destapa o pastel e assegura que a detençom dos três militantes independentistas foi “fortuita”. Aliás, a associaçom de agentes policiais diz que os detidos “nom estám detrás dos atentados dos últimos meses”. Negam a existência do “grupo terrorista” A UFGC denuncia sem nominá-las as declaraçons trunfalistas de Manuel Ameijeiras, máximo responsável dos corpos repressivos espanhóis no nosso País, que vincara na importáncia policial das detençons de Portozinho. UFGC critica a tentativa de “querer dar a imagem de que estám vinculados” para “transmitir tranquilidade” à populaçom galega. Segundo a UFGC, as detençons, além de serem fruto do acaso, nom suporiam qualquer problema para o suposto “grupo Resistência Galega” dado que, nas suas próprias palavras, “Resistência Galega como tal nom existe”. Queremos chamar a atençom sobre estas declaraçons policiais num momento em que a totalidade de políticos profissionais e meios de difusom repetem insistentemente, umha e outra vez, a “vinculaçom dos detidos com o grupo terrorista Resistência Galega”. Recordamos também que, quando menos à vista do comunicado publicado em Internet em 2005, a denominada resistência galega careceria de estruturas organizativas e direcçom operativa, sendo identificável mais correctamente como umha prática do que com umha “sigla”. Achegamos o linque em que aparece o citado ‘Manifesto pola Resistência Galega’, um documento que valida a posiçom declarada pola UFGC de que o suposto “grupo terrorista “ que Ameijeiras e os seus estám a desmontar simplesmente “nom existe”.