Ugio Caamanho foi processado defendendo a legitimidade da sua tentativa de fuga e arroupado pola solidariedade galega

A meio dumha importante presença de polícias antidistúrbios e elementos da ultradireita local cacerenha, o preso independentista Ugio Caamanho foi processado na manhá do 23 de Novembro numha sala de vistas ateigada de solidários e solidárias. A linha de defesa do patriota galego foi reivindicar a legitimidade da sua tentativa de fuga, como prisioneiro político que é, e denunciar a situaçom de encarceramento sem juízo e dispersom ilegal na que se encontra desde há mais de dous anos. O processamento de Ugio Caamanho celebrava-se trás umha negociaçom com a autoridade judicial que procurou, por umha parte, a realizaçom do juízo de forma pública, com livre acesso d@s solidári@s assistentes e, por outra, o respeito dos direitos lingüísticos do preso político na sua comparecência judicial. Finalmente, ambos objectivos eram conseguidos: o processo celebrava-se de forma aberta e Ugio Caamanho dispunha dumha intérprete para ser compreendido polo tribunal espanhol. No entanto, o preso independentista tinha que declarar algemado e flanqueiado por polícias espanhóis. Contra a dispersom A linha de defesa jurídica vincou na situaçom extraordinária em que se encontra o preso independentista galego, umha vez que leva mais de dous anos encarcerado sem juízo e se encontra ilegalmente dispersado a 1100 km. da sua casa e do seu contorno familiar e sócio-político. Trás reconhecer e explicar com todo luxo de detalhes a tentativa frustrada de evasom que protagonizou no passado mês de Fevereiro, o preso independentista incidia no que representa a dispersom a nível económico e sócio-cultural, assi como no perigo de acidente em estrada a que se exponhem cada fim-de-semana as pessoas que se deslocam da Galiza até o extremo sur de Andalucia para realizar as visitas de 45 minutos. Caamanho relatou também as diversas sançons a que foi submetido trás a tentativa de fuga, tais como a privaçom de pátio, o isolamento de outros presos e a dispersom a Puerto I onde se encontra actualmente. O seu advogado, Guillerme Presa, denunciou o carácter de assanhamento repressivo da dispersom e exigiu a livre absoluçom do preso independentista galego. Presa desvelou também, através das perguntas formuladas aos carcereiros que se apresentárom como testemunhas, a ineficiência dos funcionários no cumprimento das suas funçons, dado que trás frustrar-se tecnicamente a elaborada tentativa de fuga, estes nom se apercevérom de que o preso galego permacera no pátio durante horas a pesar de ter o controlo do recinto desde a torre de vigiláncia. O juízo ficou visto para sentença. Enquanto, Ugio Caamanho abandonava a sala algemado, rodeado de polícias espanhóis e recevendo um aplauso ensurdecedor e os gritos de solidariedade e apoio dos seus familiares, companheir@e e amig@s deslocados da Galiza.