Vinte solidários deslocam-se a Cáceres submetidos à permanente acossa da Policia espanhola e elementos fascistas

A caravana de carros que partiu da Galiza na noite deste 22 de Novembro para solidarizar-se com o preso independentista galego Ugio Caamanho, processado por tentativa de fuga, chegava à cidade espanhola de Cáceres no raiar do dia 23. Desde as 7 da manhá, a Praça Maior, ponto de cita dos e das solidárias, aparecia tomada por umha trintena de antidistúrbios espanhóis e várias furgonetas policiais em atitude abertamente desafiante, que provocárom a perplexidade de dúzias de cidadáns espanhóis e espanholas que transitavam a essa hora pola rua. Além do despregamento policial, produziu-se um outro despregamento mediático. A companhia policial foi umha constante nas 6 horas que as dezanove pessoas deslocadas desde o País permanecérom em Cáceres. Dizer, por exemplo, que uns quinze antidistúrbios entravam na cafetaria onde almorçavam @s solidári@s e que agentes à paisana e elementos de ultradireita local acompanhárom em todo momento a mobilizaçom tirando fotos com telefone móvil e utilizando objectivos a larga distáncia. Da Praça Maior, as dezanove pessoas concentradas deslocárom-se até os julgados que já antes das 10 da manhá apareciam rodeados por furgonetas policiais e dezenas de antidistúrbios despregados no contorno do edifício judicial. Apontar, como dado significativo da atitude que informou esta presença policial e do carácter que os efectivos espanhóis dérom à mobilizaçom convocada polo nosso organismo, que todos os veículos mostravam inusualmente no seu parabrisas bandeiras espanholas de consideráveis dimensons. As solidárias e solidários tratárom de despregar umha faixa com a legenda ‘Liberdade pres@s independentistas’ no acesso à entrada principal dos julgados, sendo convidad@s por efectivos policiais a situar-se a umha dezena de metros do acesso e permanecendo em todo momento cercados polos antidistúrbios. Em nengum momento houvo emprego de violência física por parte policial. Entrada selectiva A presença galega na cidade espanhola provocou umha grande expectaçom social e mediática umha vez que vários meios escritos e agências de imprensa dérom seguimento à mobilizaçom solidária embora nom foram advertidos por Ceivar da sua celebraçom. Além disto, o acesso ao edifício judicial, tomado por agentes antidistúrbios deslocados de Valladolid, polícias à paisana, elementos da ultradireita local e efectivos de Prosegur, peneirava-se para as pessoas que acodiam para realizar gestons e todas as solidárias e solidários fôrom apartados para aceder por umha entrada secundária e registados antes de entrar na sala onde se celebraria o juízo contra Ugio Caamanho. Durante o processamento, Ugio Caamanho admitiu explicitamente e relatou com todo luxo de detalhes a tentativa de evasom que protagonizou na madrugada do passado 14 de Fevereiro da prisom espanhola em que está dispersado. De facto, a linha de defesa do preso independentista galego vincou na situaçom de ilegalidade de que é objecto já que, além de permanecer em prisom sem juízo, se desrepeita o seu direito a cumprir qualquer condena ou prisom preventiva num centro penitenciário instalado no território galego e próximo do seu lugar de residência habitual e dos seus familiares, companheir@s e amig@s.