Imprensa espanhola retoma a linchagem do cidadám galego Antom Garcia Matos

Os meios de comunicaçom dum país som o fidel reflexo do tipo de regime político que nele impera. Os meios de comunicaçom ‘oficiais’ da Galiza reflitem, com total exactitude, que interesses, capitais e catadura moral estám agochados nas suas trastendas. Digamo-lo claramente: contra o independentismo e @s independentistas galeg@s o imaginário Estado democrático de Direito espanhol ispe-se impúdico e mostra a sua essência. Aqui todo vale: suspendem-se garantias legais, acusa-se sem provas e sentencia-se impunemente desde a covardia das redacçons blindadas ao abeiro do poder. Tomamos neste ocasiom o paradigma do jornal parafascista ‘El Correo Gallego’, financiado com importantes injecçons de dinheiro público autonómico. Paradigma que, no entanto, reproduzem com diferentes intensidades outros meios. A capa que hoje dedica o diário ao cidadám galego Antom Garcia Matos é um exemplo da aboliçom do Estado de Direito no combate contra o independentismo. Enquanto nem as próprias FSE som capazes de adjudicar autorias materiais a determinados delitos de natureza política, ‘El Correo Gallego’ já instruiu o sumário exprês, ditou sentença inapelável e fijo públicos os nomes dos culpáveis que a própria Justiça espanhola desconhece. Os factos julgam-se por si próprios. De existir algo de vergonha no regime dos democratas constitucionais espanhóis estas práticas teriam responsabilidades penais imediatas. É a aboliçom da presunçom de inocência, a imputaçom sem provas e os processos sumaríssimos tam característicos do regime em diversas etapas da sua história. Sabemos com absoluta certeza que as iniciativas legais e jurídicas que se adoptem para denunciar esta linchagem informativa rematarám na papeleira. Sabemos que meios como ‘El Correo Gallego’ desfrutam dumha total impunidade e protecçom oficial para desenvover os seus serviços desinformativos e de criminalizaçom do movimento sócio-político e da militáncia independentista e sabemos, finalmente, que este trabalho sujo ao serviço de Espanha é pago anualmente com miles de euros do erário público que saem do nosso trabalho diário. Repetiçom de práticas Nos dias posteriores a 14 de Novembro de 2005, quando umha dezena de militantes independentistas eram detidos por efectivos da ‘Guardia Civil’ acusados de diversos delitos de natureza política, ‘El Correo Gallego’ ditara igualmente sentença antes do que os tribunais. Horas antes de que a ‘Audiencia Nacional’ decretara a posta em liberdade dos e das detidas, o diário parafascista já resolvera a sua ‘culpabilidade’. O paradoxo absoluto produzia-se quando os dez cidadáns galegos eram liberados e o diário espanhol se laiava da resoluçom judicial presupondo a sua culpabilidade e exigindo condenas exemplares. A intencionalidade e a funçom deste e outros meios como ‘La Voz de Galicia’, a companhia pública RTVG ou ‘Faro de Vigo’ quando adjudicam acçons por lotaria é clara. Nom cairemos na inocência de acreditar na sua neutralidade e demandar umha “objectividade” ou “profissionalidade” que nom fai parte das suas funçons. Contodo, consideramos que podemos exigir destes altofalantes do poder o respeito duns mínimos jurídicos: desde a sua própria óptica, que nom é a nossa, apenas corresponde aos tribunais de Justiça a determinaçom de responsabilidades penais. Nengum jornalista que escreba ao ditado de instáncias policiais ou políticas pode decretar autorias materiais e iniciar linchagens públicas como as que vivemos e que qualquer dia podem afectar qualquer um ou umha de nós. Solidariedade em pé Que saibam quem assi actuam que esta política desinformativa e parapolicial, na que plumíferos rastreiros a soldo do poder se erguem simultaneamente em impunes polícias, fiscais e juízes, e ditam sentenças públicas contra cidadáns e cidadás galegas dumha categoria pessoal e política que eles jamais sonharám alcançar, merecerá a sua cumprida resposta jurídica, social e política. Que tomem nota também de que a sua política de terror informativo nom silenciará a solidariedade: a dispersom penitenciária, a imposiçom do selvagem regime FIES, a restriçom absoluta das comunicaçons, as detençons prolongadas em regime de isolamento, a prática da tortura, etc. seguirám tendo à frente a nossa denúncia. Quigeramos ver dalgum destes democratas de pacotilha umha só alínea de crítica de todas estas realidades que tam cuidadosamente ocultam e silenciam, mas a sua funçom é precisamente a contrária: ocultar e silenciar. Antom Garcia Matos, ‘Toninho’, é um cidadám galego, umha pessoa que sinte polo seu País um profundo amor, um home ao serviço dumha ideia e um indobregável militante independentista desde a sua juventude. Se afirmar estas verdades nas que, por cima de análises políticas, de siglas, de tacticismos e de afinidades, acreditamos neste País milhares de pessoas, é um delito na ‘democracia a la española’, deveremos admitir que nós também somos delinquentes e que todas e todos deveriamos ser processados nos tribunais políticos especiais que este regime espanhol reserva a quem luita contra o actual estado de cousas dominante no nosso País. Achegamos o linque com a notícia publicada hoje sobre o cidadám e independentista galego Antom Garcia Matos