Publicamos um comunidado de solidariedade com os ‘Três do Eixo” ante o seu anunciado ingresso em prisom

O organismo popular anti-repressivo CEIVAR adire à mobilizaçom do próximo domingo 21 de Outubro e exige a permanência em liberdade de Simón Márquez, José Moreira e Jesus Montoiro. Esta nossa solidariedade complementa-se com umha valorizaçom dos acontecimentos em quatro pontos que queremos fazer pública: 1ª Resulta-nos totalmente intranscendente à hora de achegar a nossa solidariedade o facto de se os ‘Três do Eixo’ fôrom “culpáveis” ou “inocentes” de defender-se e defender os seus da violência policial em 1998. Mais umha vez, como aconteceu em tantíssimas ocasions nos últimos 30 anos neste País, entendemos que a única violência real que existe aqui é a da imposiçom estrutural contra o nosso povo. Violência aplicada por via administrativa, mediática, sócio-laboral, educativa, policial e judicial e frente à que consideramos legítima a autodefesa. “Culpáveis” ou “inocentes” Simón Márquez, José Moreira e Jesus Montoiro merecem e merecerám o nosso modesto apoio para permanecer em liberdade. 2ª Denunciamos mais umha vez o comportamento selvagem das FSE contra a populaçom galega, tam próprio dumha força de ocupaçom colonial, assi como a utilizaçom da repressom económica contra umha paróquia onde se percevem baixas pensons e rendas salariais. Os sucessos acontecidos em 1998 no Eixo e dos que agora se “pagam” as últimas consequências som, na nossa opiniom, mais umha evidência da classe de ‘democracia’ que é a espanhola, onde os juízes consideram que os polícias “nunca mintem”, agem como correias de transmissom de directrizes repressivas emanadas das autoridades governativas e a divisom de poderes entre o Executivo e o Judicial é inexistente. 3ª Entendemos que no Eixo está a produzir-se um caso público de “exemplarizaçom repressiva”, tam inquisitorial como tipicamente espanhol, cuja única funcionalidade final é aterrorizar, amedrentar, amordaçar, silenciar, paralisar pola via do medo presentes e futuros movimentos contestatários e trasmitir que neste Estado sem Direito as FSE som intocáveis e tenhem direito a utilizar a sua violência com total impunidade. A exigência pública realizada polo dirigente fascista local e cargo municipal Gerardo Conde Roa de que os futuros presos “pidam perdom” inscreve-se nesta lógica dura da humilhaçom e o submetimento colectivo. Neste sentido, queremos elogiar o exemplo de dignidade e firmeza dado por Jesus Moreira e José Montoiro ao rechaçar esta demanda e denunciar a situaçom pessoal a que foi abocado o vizinho Simón Márquez. 4ª Chamamos a atençom sobre o facto de que nengum agente das forças repressivas espanholas foi processado polas lesons provocadas aos vizinh@s do Eixo e que nengumha autoridade política espanhola rendiu contas a nível penal polos mortos produzidos nos últimos anos na N-525 ao seu passo pola paróquia. A política das duas varas de medir, que permite a uns agredir impunemente e ser responsáveis políticos de mortes de seres humanos das que nom tenhem que assumir responsabilidades penais e, por contra, castiga selvagemmente o protesto popular, fala com claridade de quem som aqui os “culpáveis” e quem os “inocentes”. 5ª Oferecemos à vizinhança do Eixo a nossa capacidade militante e as nossas estruturas organizativas para fazer frente a esta injustiça contra o povo galego e denunciar os vindouros encarceramentos e chamamos à difusom da e a participaçom activa na mobilizaçom de 21 de Outubro. LIBERDADE PARA OS TRÊS DO EIXO! A REPRESSOM NUNCA É SOLUÇOM! POLÍCIA ASSASSINA! FORA AS FORÇAS DE OCUPAÇOM!