SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA “Excarceram-na ou pode morrer”, afirmam médicos que assistem à presa comunista espanhola Fina Garcia

O Estado espanhol pode fazer-se responsável nos próximos dias ou semanas dum novo assassinato político cometido esta vez na pessoa da militante do PCE(r) Fina Garcia Aranburu. A prisioneira política, que leva 24 anos encarcerada, e que foi objecto de torturas e paliças a cárrego de funcionários estatais em diversas ocasions, ingressou na passada quarta-feira no Hospital Príncipe de Asturias (Madrid) por sexta vez consecutiva nos últimos meses. A sua vida corre sério perigo se o Executivo de Rodríguez Zapatero nom decreta a excarceraçom imediata. Por parte do organismo anti-repressivo Socorro Rojo Internacional, fai-se “um chamamento urgente a organizaçons e colectivos de esquerda, progressistas, cidadáns ou sindicais a que, do jeito que achem mais conveniente, exprimam o seu rechaço à situaçom de sequestro com risco de assassinato a que Instituiçons Penitenciárias, por ordens do Estado, submete a militante do PCE(r)”. “Nós” –afirmam- “sempre entendémos a solidariedade como dar apoio àquel com quem nom coincidimos ideologicamente. Com quem coincidimos, fazemos corporativismo, que é umha outra cousa”. De Ceivar, reproduzimos a seguir, traduzida ao galego, a informaçom publicada polo SRI sobre a situaçom limite em que o PSOE e o Executivo de Madrid colocárom Fina Garcia Aranburu, exigimos a imediata excarceraçom da presa política e fazemo-nos eco do chamado de SRI para dar a máxima difusom a esta informaçom que define com toda claridade em que classe de Estado e de ‘democracia’ vivemos. – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – MUITO URGENTE: O ESTADO QUER ASSASSINAR FINA GARCIA ARANBURU, MILITANTE DO PCE(r), PRESA E MUITO ENFERMA. DE NOVO, HOSPITALIZADA MUITO GRAVE Onte 19 de Setembro à noite, a presa política comunista gravemente enferma Fina García Aranburu, volveu sufrir umha nova angina de peito, esta de carácter incluso mais grave do que todas as anteriores, e foi transferida com carácter urgente do cárcere de Alcalá Meco para o Hospital Príncipe de Asturias de Madrid. Tivo de requerir atençom urgente dumha presa política dos GRAPO para poder chamar a atençom do serviço médico penitenciário. De novo, mais umha vez, um dos médicos que a atendeu de urgências volveu dizer que “a esta mulher ou a excarceram ou pode morrer”. Parecida expressom que a que há apenas 17 dias, no seu anterior internamento, dixo um outro doutor ao ver o expediente sanitário da Fina. Em pouco mais dum ano, som já 6 os ingressos que sufriu García Aranburu no hospital do cárcere, e cada um deles de carácter mais grave, acabando com todas as pouquinhas forças físicas que a Fina pode guardar após 24 anos de cárcere, brutais torturas (nas do 18 de Setembro de 1983 simulárom fuzilá-la, dérom-lhe um tiro num braço, rebentárom-lhe ligamentos e rótula numha perna, sufriu danos que lhe deixáron umha lesom de coraçom e inscrevérom-na com nome falso no hospital para seguir torturando-a na esquedra. Denúncia julgados e publicado na imprensa. Outubro 1983), 16 greves de fame (umha de 435 dias de duraçom entre Novembro de 1989 e Fevereiro de 1991), paliças nas transferências e incluso no próprio Tribunal de Justiça em Paris no que lhe dislocárom um ombreiro durante o seu juízo, do que foi expulsa violentamente várias vezes. Os médicos advertírom que deve ser operada também da hérnia, já que lhe causa dores intensos por todo o corpo. Em 5 de Setembro de 2006 celebrou-se na Audiência Nacional o juízo de apelaçom sobre a sua liberdade, que fora denegada antes poos juízes Garzón e Marlaska. O Fiscal pediu que continuara em prisom “porque nom se entregara voluntariamente às autoridades mas tiveram que pedir a extradiçom à França”. Esquecia-se que, umha vez cumprida a sua pena de cárcere na França, nom foi posta em liberdade, senom transferida a umha prisom espanhola para prolongá-la. E que nom pretendem outra cousa que fazer que cumpra duas penas sucessivas polos mesmos factos, o que é contrário a todas as leis do mundo. Também dixo que “havia um risco de que se fugasse e volvesse à luita clandestina”. Entom o advogado recordou que estava ingressada num hospital após três anginas de peito que tivera justo um mês antes e que era impossível nom só a fuga mas incluso que se pudesse mover da cama. Agora, em Setembro de 2007, já som 8 anginas de peito e 6 hospitalizaçons. O seu advogado defensor qualificou a situaçom de prisom de “gratuita e desproporcionada, umha situaçom que jamais se conhecera nem sequer nos piores tempos e que carece de qualquer apoio legal, incluso das leis espanholas, porque já cumprira a sua condena e que todo isso constava nos papéis judiciais da Fina”. À Josefina tenhem-na como verdadeiro refém por umha condena e delito que já cumpriu, com o qual a sua situaçom se converte no sequestro dumha pessoa com graves enfermidades. Que nom nos falem de paz e toleráncia os seus sequestradores e exterminadores. A Fina é madrilena, estivo presa 20 anos na Espanha, sendo brutalmente torturada como narramos, pola sua militança nos GRAPO. Trás a sua posta em liberdade, volveu-se incorporar à luita política, passando à clandestinidade como militante do PCE(r). Foi detida em 2002 em Paris e julgada na França. Cumprida a sua condena no país galo, onde foi torturada e golpeada no seu juízo, cousa que agravou ainda muito mais o seu precário estado de saúde, foi ilegalmente extraditada à Espanha, onde nom tem nengumha causa pendente e portanto está sequestrada por delitos… que já cumpriu!! Essa é a terrível situaçom: mais de 24 anos de cárcere, com a saúde totalmente rota pola sua estáncia em prisom e as torturas a que foi submetida, com a condena nom só totalmente cumprida, mas sem causas abertas. Calar a situaçom de extrema gravidade desta revolucionária presa, é contribuir com o extermínio a que som submetidos os presos e presas políticas. Fazemos um chamamento urgente a organizaçons e colectivos de esquerda, progressistas, cidadáns ou sindicais a que, do jeito que achem mais conveniente, exprimam o seu rechaço pola situaçom de sequestro com risco de assassinato a que Instituiçons Penitenciárias, por ordens do Estado, submete a militante do PCE(r) Fina García Aranburu. Nós, sempre entendémos a solidariedade como dar apoio àquel com quem nom coincidimos ideologicamente. Com quem coincidimos, fazemos corporativismo, que é umha outra cosa. SOCORRO ROJO INTERNACIONAL Comités de Euskal Herria, Catalunya, Galiza, Madrid, León, Burgos, Aragón, Andalucía, Paris e Roma 20 de Setembro 2007