SGEP reconhece que ser ex guarda civil ou agente do CNI nom impede ser sócio da ONG ‘pacifista’

O Seminário Galego de Educaçom para a Paz (SGEP) vem de anunciar num breve comunicado datado em 26 de Julho a suspensom de Roberto Flórez García como sócio da ONG. García Flórez, de 42 anos, é ex agente da Guarda Civil e trabalhou durante 12 anos no ‘Centro Nacional de Inteligencia’, chegando a detentar o rango de suboficial na engrenagem da espionagem militar espanhola. Contodo, o seu curriculum nada tem a ver com a decisom do SGEP de “suspende-lo cautelarmente da sua condiçom de sócio”, mas o facto de ser acusado de “traiçom” polo Fiscal Geral do Estado Cándido Conde-Pumpido. O SGEP é umha associaçom que assegura que no seu seio “qualquer pessoa pode livremente participar, colaborar e associar-se (…), sem condicionante prévia algumha”, aceitando paradoxalmente portanto que a implicaçom na espionagem militar espanhola nom é um obstáculo para filiar-se à ONG pacifista. Esta conclusom está reforçada polo facto de que os motivos alegados polo SGEP para dar de baixa como sócio o espia espanhol nada tenhem a ver com a sua condiçom de agente dum órgao estatal decisivo em matéria de vigiláncia, controlo social, repressom e guerra vinculado aos episódios mais obscuros da ‘democracia’ espanhola. Por contra, Flórez García é suspendido ao estar acusado de “traiçom” ao Estado pola Fiscalia Geral, que assegura que existem “provas suficientes” para afirmar que o ex guarda civil vendeu informaçom secreta espanhola a outro estado, “a cámbio de muito dinheiro”, segundo o director do CNI Alberto Saiz. A explicaçom do SGEP delata a verdadeira natureza e as duas varas de medir que maneja esta ONG que, enquanto homenageia sem ruborizar-se personagens da calanha do juíz especial Baltasar Garzom, dá por ‘pacifistas’ agentes da espionagem militar espanhola, ou reconhece os aparelhos repressivos e o monopólio estatal da violência, alça periodicamente a sua voz, por boca do seu presidente Manolo Dios, para “condenar” o emprego da violência defensiva em conflitos sociais e políticos e a resistência armada dos povos agredidos polo imperialismo.