Ceivar chama a militáncia independentista a aplicar com rigor as medidas de segurança com motivo da proximidade de 25-J

Aproximamo-nos do nosso dia de luita nacional e, de certeza, essa proximidade vai ser a escusa perfeita para umha extensom e reforçamento da pressom policial e, provavelmente, mediática, sobre o conjunto da militáncia nacinonalista. Com vistas a este cenário que se repite periodicamente, ano após ano, do organismo popular anti-repressivo Ceivar queremos apelar à militáncia a fazer umha observaçom rigorosa e estrita durante as próximas semanas das medidas de segurança básicas frente à repressom que temos socializado através de manuais, charlas, etc. em múltiplas ocasions. O dispositivo repressivo especial que se activa com motivo do Dia da Pátria nom se limita à capital galega –onde alcança a sua maior dimensom e espectacularidade-, senom que, como mínimo, afecta à totalidade dos principais núcleos urbanos do País e a qualquer vila ou paróquia onde existem publicamente militantes independentistas. Este enésimo dispositivo especial afectará particularmente à liberdade de circulaçom de dezenas de militantes, ao exercício da liberdade de expressom, ao direito à intimidade e a confidencialidade das comunicaçons electrónicas e a um maior desrespeito institucional face todos os direitos formalmente reconhecidos. Nom é a nossa intençom contribuir para a produçom de climas de temor ou histéira repressiva que apenas interessam ao inimigo e que som estimulados periodicamente através dos meios com a política do “anúncio de medidas especiais”, mas advertir, desde a serenidade e a calma, das previsons evidentes e minimizar na medida do possível os efeitos deste aumento da pressom policial sobre a militáncia. Umha pressom que, por certo, nas últimas semanas, já afectou inclusivamente dinámicas de tempo livre e montanhismo nacionalista plenamente legais e públicas, como aconteceu com a excursom da Coordenadora Galega de Roteiros (Cogarro) ao Monte Aloia, onde pessoas e veículos fôrom registados a fundo por um impresionante dispositivo da Guarda Civil. Neste sentido, convidamos a militáncia a reforçar a observaçom dumha série de regras básicas: 1º Evitar, na medida do possível, os deslocamentos a pé ou de carro portando documentos internos de organizaçons, livretas, computadores, disquetes, cedês, etc. que podam cair nas maos das forças de ocupaçom espanholas durante os registos de veículos e pessoas que, com toda segurança, se avizinham sob a coarctada da “luita contra o terrorismo”. Recomendamos também evitar o abandono durante a noite dos citados objectos nos veículos particulares, dada a facilidade com que as FSE intervenhem os carros. 2º Levar sempre acima a documentaçom de identificaçom pessoal para evitar detençons e conduçons a dependências policiais que acrescentam o grau de impunidade a que um detido ou detida se podem ver submetid@s. A prática reiterativa de identificaçons sobre umha mesma pessoa, como estratégia de acossa policial, é umha prática ilegal e pode e deve ser denunciada, embora os resultados legais destas denúncias distem de ser satisfactórios. 3º Convém evitar também na medida do possível os deslocamentos de noite e solitários, que facilitam –como já tem acontecido em mais dumha ocasiom nos últimos meses- detençons policiais arbitrárias, registos corporais, substracçom de objectos e dinheiro, etc. por parte das forças de ocupaçom. Aquelas pessoas susceptíveis da pressom ou o seguimento policial deveriam deslocar-se acompanhadas e concertar com terceiras pessoas horas de chegada aos seus lugares de destino para que qualquer detençom ou retençom prolongada tivesse umha reacçom imediata. 4º Contactar directamente com o organismo popular anti-repressivo em caso de ser objecto de detençom ilegal, insultos, maus tratos, ameaças, requisa de material de propaganda política, registos ilegais de veículos, cacheios de militantes femininas por parte de agentes masculinos, substracçom de dinheiro ou pertenças pessoais, etc. por parte de agentes das forças de ocupaçom. Além da questionável utilidade dos recursos legais existentes para a defesa jurídica, o conhecimento destas situaçons permite a sua denúncia e socializaçom e afecta à facilidade e impunidade com que as FSE desenvolvem o seu “trabalho”. 5º Recomendamos, aliás, que qualquer actividade propagandística relativa à convocatória dos actos do Dia da Pátria se realize colectivamente para obstaculizar a acçom policial, estabelecendo os mecanismos de vigiláncia que assegurem a viabilidade do trabalho político público e dando parte ao organismo anti-repressivo de qualquer incidência neste sentido com vistas à sua denúncia legal e social. As requisas de material –cartazes, faixas, pintura, etc.- conformam umha prática ilegal, arbitrária e gratuita e podem e devem ser denunciadas judicialmente. 6º Finalmente, perante a alta provabilidade das citadas intervençons repressivas, apelamos a militáncia independentista, em primeiro lugar, e a todas aquelas pessoas sensibilizadas frente à regressom experimentada em matéria de direitos e liberdades, a responder às eventuais iniciativas que desde o campo anti-repressivo se podam por em andamento para contestar os excessos das FSE. Por último, no plano da subjectividade colectiva, animamos a ‘normalizar’ e integrar na quotidineidade do nosso trabalho como militantes independentistas este tipo de incidências que demonstram, nem mais nem menos, a precariedade da ‘democracia’ espanhola que padecemos. ‘Democracia’ que, nom conforme com vulnerar os direitos inalienáveis que nos correspondem como povo, vulnera também os nossos direitos políticos mais elementares como cidadáns e cidadás –forçosas- do Estado espanhol.