Posiçom pública de Ceivar perante os sucessos acontecidos em Ferrol nas últimas semanas

Perante os factos repressivos acontecidos nas últimas semanas na cidade e a Ria de Ferrol acarom da luita popular pola deslocalizaçom da planta de gás de Reganosa, o organismo popular anti-repressivo Ceivar quer afirmar publicamente as seguintes questons: 1º Exigimos a LIBERDADE INCONDICIONAL E SEM CARGOS do Patrom Maior da Confraria de Ferrol Bernardo Bastida, sequestrado desde há mais de umha semana na prisom de alta segurança da Paradela (Teixeiro). Entendemos que o encarceramento de Bastida é umha medida política de pressom sobre o conflito focada a atemorizar a vizinhança implicada e exemplarizar a respeito de que pode acontecer a quem se oponha aos planos do Grupo Tojeiro, a administraçom autonómica e o Executivo de Madrid. Bernardo Bastida deve saír em liberdade quanto antes. A renovaçom no dia de onte da prisom preventiva nom pode ser entendida de outro modo que nom seja o da implicaçom da Justiça espanhola na estratégia repressiva global contra a mobilizaçom social. 2º Denunciamos a VIOLÊNCIA UNILATERAL APLICADA NESTAS SEMANAS POLAS FORÇAS DE OCUPAÇOM ESPANHOLAS CONTRA A POPULAÇOM CIVIL TRASANQUESA, provocando que um número significativo de pessoas resultassem feridas de diversa consideraçom, as detençons praticadas e os impedimentos colocados por parte da Polícia espanhola e a Guarda Civil à livre circulaçom dos e das cidadás e o direito ao trabalho. Mais umha vez, estas forças policiais e militares demonstram a cara descuberta a sua verdadeira natureza: ser instrumentos de força para impor ao povo galego aquelas políticas e medidas que este rechaça. As intervençons quase simultáneas no tempo acontecidas na cidade de Vigo durante a greve dos trabalhadores do Metal nom deixa lugar a equidistáncias ou neutralidades de quem se chamam a si próprios ‘os democratas’: encontramo-nos frente a umha violência unilateral e onipotente do Estado espanhol aplicada contra a cidadania deste País. 3º Consequentemente com o anterior, exigimos a RETIRADA DAS FORÇAS POLICIAIS E DE OCUPAÇOM DA COMARCA DE TRASANCOS e o cessar da violência institucional contra o povo organizado, mas, também, a SUSPENSOM DE TODOS OS PROCESSOS JUDICIAIS QUE NESTE MOMENTO SE ESTÁM A GERIR POR PARTE DA JUSTIÇA ESPANHOLA e tenhem por ‘cabeça de turco’, em primeiro lugar, Bernardo Bastida, mas afectarám também dezenas de pessoas nos próximos meses e anos. 4º Chamamos à AUTOINCULPAÇOM MACIÇA de todo o povo galego pola defesa da Ria de Ferrol, das vagas de trabalho e do meio natural frente aos interesses de rapina do Grupo Tojeiro e as administraçons corruptas que os amparam. Anexamos aqui o documento recebido recentemente e convidamos a, trás preenche-lo devidamente, po-lo em maos do Comité Cidadám de Emergência de Ferrol para que seja esta entidade popular quem gira as autoinculpaçons da forma que considerar mais apropriada. 5º Queremos chamar a atençom, especialmente, sobre o PAPEL POLÍTICO DE PRIMEIRA ORDEM QUE ESTÁ A DESEMPENHAR A JUSTIÇA ESPANHOLA NESTE CONFLITO, pregando-se às necessidades repressivas da ‘Delegación del Govierno’ na Galiza administrativa e à estratégia repressiva que sirve aos interesses de companhias como Caixa Galiza, Caixanova, Grupo Tojeiro, etc. Os juízes espanhóis demonstram mais umha vez a serviço de que interesses e poderes se colocam em quanto a conflitividade social os força a tomar posiçom. 6º Exigimos a IMEDIATA DEMISSOM DE MANUEL AMEIJEIRAS VALES, ‘DELEGADO DEL GOBIERNO’ na CAG empenhado em fazer duvidosos méritos como repressor do nosso povo ante Madrid. Ameijeiras Vales está-se a destacar pola sua implicaçom na violência institucional tanto como um lonjano predecessor seu no cargo de nome Juan Miguel Diz Guedes e compartilha com aquele a sua vontade repressiva contra o povo galego e a sua beligeráncia anti-independentista, elementos ambos imprescindíveis para ‘progressar’ politicamente na institucionalidade vigente. Demonstra-se, novamente, que em matéria de repressom policial tanto tem que seja PP quanto PSOE quem tenha a responsabilidade política: meios e fins som idênticos. 7º Denunciamos finalmente quem, do campo nacionalista galego, participárom em todo o processo que levou à construçom ilegal da planta de gás no meio dumha populaçom civil, com notório risco para as pessoas e o meio natural, e agora se laiam da política repressiva que traz associada a posta em funcionamento do projecto energético. Entendemos que Reganosa e repressom som e serám conceitos inseparáveis e que carece de todo sentido desligar a instalaçom e posta em andamento dumha infraestrutura colocada contra a vontade maioritária d@s trasanques@s da repressom policial, o siléncio informativo e a cumplicidade institucional que fam possível esse processo. 8º Apelamos, por último, na linha da mobilizaçom desenvolvida no passado domingo, à SOLIDARIEDADE ACTIVA DE TODO O PAÍS ante os acontecimentos de Ferrol, conformando comités de solidariedade com a luita de Reganosa, recadando dinheiro, participando nas mobilizaçons em Trasancos, etc. O que está em jogo na Ria de Ferrol nom é, apenas, a problemática das afectadas e afectados directos, mas a defesa da nossa Terra frente aos interesses económicos e estratégicos do capital espanhol e multinacional. Ceivar, em 6 de Junho de 2007