Giana Gomes manterá, transitoriamente, o seu direito a umha cela individual em Brieva

Trás a negativa do colectivo de presas políticas galegas e bascas em Brieva a ‘dobrar’ as suas celas –passar de ocupá-las individualmente a compartilhá-las de forma permanente com outra presa-, o enfrontamento com a direcçom da prisom espanhola saldava-se onte com umha vitória temporal das militantes, que manterám durante umha semana mais o seu direito a umha cela individual. No entanto, todo parece indicar que a transferência de mais presas para o cárcere abulense porá de novo o conflito acima da mesa nos próximos dias. A negativa das presas políticas do Módulo Azul de Brieva, entre as que se encontra a independentista Giana Gomes, a compartilhar a sua cela com outras presas, renunciando ao direito a um habitáculo para uso exclusivamente individual, resolveu-se temporalmente onte com umha “prórroga” da situaçom actual. Recordamos que no Módulo Azul, onde vivem por volta dumha centena de presas, apenas as políticas lográrom fazer efectivo o seu direito a umha cela individual. No entanto, este cenário, que é um direito legalmente exigível -embora as prisons tratem de apresentá-lo como “privilégio”-, poderia mudar nos próximos dias. Informaçons facilitadas desde Brieva indicam que o próximo internamento de mais presas no cárcere espanhol, além de alargar o estado actual de massificaçom, suporia umha nova tentativa por parte da direcçom para suprimir o citado direito e, em consequência, provocaria o ‘plante’ das presas políticas para defende-lo. À vista do ocorrido em outras ocasions, a postura de firmeza das reclusas poderia ser castigada pola direcçom do centro penitenciário com a aplicaçom dum regime de isolamento temporal e a dispersom do colectivo a diferentes prisons espanholas para “disolver” a conflitividade produzida. Condiçons de vida Dada a previsível resposta que Brieva poda opor à negativa das políticas a ceder nos seus direitos, de Ceivar alertamos sobre eventuais supressons de direitos que se podam produzir nos próximos dias e, hipoteticamente, sobre umha nova aplicaçom da dispersom à militante independentista Giana Gomes. Considerando a política aplicada por Instituiçons Penitenciárias na pessoa de Ugio Caamanho, que foi alonjado de Cáceres para o extremo sul do Estado espanhol –Puerto de Santa María I-, valorizamos a possibilidade de que a patriota galega Giana Gomes seja transferida para um cárcere ainda mais lonjano da Galiza, da que se atopa actualmente a mais de 500 quilómetros. A preservaçom de celas para o uso individual, com ser umha necessidade inerente a umhas mínimas condiçons de vida exigíveis, ter um aval jurídico e ser imprescindível para qualquer “reinserçom”, é vulnerada sistematicamente no massificado sistema penitenciário espanhol. A imprensa ‘oficial’ fai-se eco regularmente do estado dos cárceres espanhóis nesta matéria que é origem de contínuos conflitos e um alto nível de violência dentro dos centros. No entanto, isso nom impede que a massificaçom continue e se reforze progressivamente. Além de convidar os leitores e leitoras do portal anti-repressivo a dar difusom à presente informaçom através de listagens de correio e páginas web de contra-informaçom, chamamos ao envio maciço de correspondência (cartas, telegramas, etc.) à prisom de Brieva em solidariedade com a presa independentista Giana Gomes e reivindicando o direito das presas a celas individuais.