Meia centena de independentistas galeg@s participam nas marchas de Ceivar às cadeas espanholas

No dia de antonte, meia centena de independentistas galeg@s se uniam à marcha solidária contra os penais espanhóis de Cáceres e Brieva (Ávila), que, percorrendo 1700 km em 28 horas, transladou as demandas de repatriaçom e liberdade defendidas polo nosso Organismo Anti-repressivo até os lugares onde @s pres@s independentistas se encontram ilegalmente confinad@s. O comité organizador do acto reivindicativo valora mui positivamente esta primeira marcha contra as cadeas espanholas da dispersom que Ceivar realiza pola primeira vez, da sua fundaçom em 2003, encetando umha nova etapa de luita reivindicativa no Organismo, para dar cobertura a jos_content necessidades de trabalho anti-repressivo que em anteriores fases, até há tam só 17 meses, nom estavam presentes na realidade repressiva sofrida polo Movimento de Libertaçom Nacional Galego: é a quotidianeidade da dispersom penitenciária de independentistas, que actualmente fai parte, como o fora antano para o M.L.N.G., do dia a dia da luita e do trabalho de Ceivar . Quando meava a manhá do domingo 17, a marcha galega atopava-se já perante o cárcere de Cáceres. A impossibilidade física de @s manifestantes se situarem num lugar do qual o preso Ugio Caamanho escuitar os seus berros clamando liberdade, pese ao balbordo animador d@s gaiteir@s e pandeireteir@s que punham a nota festiva de cor à concentraçom, fijo com que nessa ocasiom fosse a cadea de antidistúrbios da VIII “Unidad de Intervención Policial”, que começárom a blindar a porta principal da prisom, o auditório principal dos gritos galegos contra a Espanha, a sua política, cárceres de extermínio e forças repressivas. Polo contrário, às cinco e meia da tarde, a presa Giana Gomes, junto com outras presas políticas galegas e bascas, ouviam directamente, das janelas da prisom em Brieva, as demandas de repatriaçom e liberdade d@s participantes da manifestaçom, acompanhad@s de perto pola vigiláncia de furgonetas e agentes da “Policía Nacional”. A possibilidade de se chegar a estabelecer a comunicaçom directa coas presas políticas lá sequestradas, ondeando bandeiras patrióticas das celas, causou a permanência da marcha no lugar por volta de quase duas horas, até despois de anoitecer. Cánticos festivos, hinos de luita, berros reivindicativos,um pequenino concerto improvisado de Skárnio e conversas a berros coas presas políticas provocárom umha animadíssima e mui emotiva estáncia perante a cadea abulense, que nem as tentativas censoras d@s carcereir@s por desluzirem a jornada solidária, procedendo a um cacheo da cela da Giana e ao roubo da insígnia patriótica que ela ondeava à(o)s compatriotas que fora a acompanhavam, conseguírom aguar. Umha bandeira da pátria ficou chantada próxima aos muros da prisom, como lembrança temporal da presença galega solidária em terras estrangeiras. Reproduzimos a continuaçom na íntegra o comunicado solidário e de reafirmaçom na luita que Ceivar foi capaz de transmitir fisicamente às presas políticas de Brieva. O nosso Organismo considera, como nel se pode ver, que o discurso anti-repressivo, agora mais ca nunca, deve de acompanhar as reivindicaçons políticas de base subjacentes à luita pola qual há galeg@s sequestrad@s na Espanha; conforme a repressom espanhola mais aumentar, mais as iremos aumentando nós tamém. Anunciamos que repetiremos, incrementada, esta positiva experiência em vindeiras ocasions, entanto houver um/ha só independentista galeg@ pres@ e longe da terra. Amosamos tamém o nosso agradecimento aos meios contra-informativos que, da distáncia, nos fôrom acompanhando na marcha pola Espanha e cubrindo a realizaçom da mesma, como o jornal “jos_content da Galiza” e a rádio livre de imigrantes galeg@s em Euskal Herria “Radio Zintzilik”. Comunicado de Ceivar na marcha contra os cárceres da dispersom. “Companheiros e companheiras, amizades e familiares d@s pres@s independentistas Giana Gomes e Ugio Caamanho: Esta nom é a primeira vez em que companheir@s, amizades e parentes de pres@s independentistas galeg@s nos vemos forçad@s a percorrer centos ou milhares de km polas estradas espanholas para visitarmos, durante um brevíssimo lapso de tempo, militantes galeg@s em prisom ou, como acontece neste caso, para exprimirmos a solidariedade e o reconhecimento dum sector do nosso povo a quem se encontram pres@s nos centros espanhóis de extermínio por luitarem pola libertaçom nacional e social da Galiza com todos os meios ao seu alcanço. De certeza, tamém nom será a última vez que tenhamos que deslocar-nos: o Estado Espanhol utilizou historicamente, e utiliza a dia de hoje, a dispersom penitenciária como um instrumento político de chantagem sobre @s pres@s independentistas galeg@s. Através da violaçom da sua própria legalidade e o pissoteo das convençons internacionais de direitos das pessoas presas, Madrid procura minar a moral de combate e a integridade psicofísica d@s pres@s independentistas galeg@s, estender a repressom a todo o seu contorno social e político e, finalmente, impor um castigo exemplarizante a quem se atrever a contestar a opressom coas mesmas ferramentas com que esta se impom e perpetua a diário. Estas som as únicas e reais razons para que a Giana Gomes Rodrigues, o Ugio Caamanho Sam-Tisso e todas e todos nós nos encontremos agora neste lugar do páramo espanhol. Neste contexto, a solidariedade cobra, portanto, um valor ético, político e humano transcendental. Um valor que nos próximos tempos deveremos saber praticar com mais força e persistência do que nunca, e que deveremos potencializar e estender a círculos a cada vez mais amplos de militáncia e contornos sociais. Companheiros e companheiras, amizades e familiares d@s pres@s Giana Gomes e Ugio Caamanho: Correm tempos de endurecimento da repressom para esse sector da sociedade galega que nom claudicamos na defesa de todos os direitos nacionais e sociais para o nosso país; que defendemos, perante um processo fraudulento de reforma estatutária pactado por arriba entre os partidos institucionais, a vigência e a necessidade do direito de Autodeterminaçom para a Galiza e umha mudança profunda do actual modelo sócio-económico que permitir condiçons dignas de vida e trabalho para todas e todos. Sabemos que a nossa luita nom é gratuita, que responde os desejos e necessidades mais sentidos polo nosso povo e que, por estas mesmas razons, será sempre umha luita perseguida e castigada por um Estado incapaz de assumir e respeitar os direitos mais elementares das galegas e galegos. Contodo, este é um momento de esperança: se bem é irrebatível que a via estatutista nom é mais do que umha armadilha enganosa contra a luita pola liberdade da Galiza e é incapaz de solucionar os problemas que afectam o nosso povo, tamém o é que a capacidade de luita e resistência está mais viva do que nunca, como confirma a quantidade de projectos e iniciativas que, ao calor e o empurre do Movimento de Libertaçom Nacional Galego, se desenvolvêrom nos últimos anos. @s patriotas Giana Rodrigues Gomes e Ugio Caamanho Sam-Tisso fam parte dessa corrente sócio-política histórica que, nos últimos trinta anos, teima contra vento e maré, contra a repressom e a vulneraçom de direitos, para recuperar a dignidade e a libertade que corresponde à naçom galega e que a Espanha historicamente nos usurpa. Finalizamos. Deste lugar inhóspito do páramo espanhol, queremos afirmar perante vós, bem alto e claro, a nossa assunçom estratégica dum compromisso ético, humano e político de impulsionar a luita polo respeito de todos os direitos que correspondem às presas e presos independentistas galeg@s e a luita pola liberdade de todos e todas aquelas que se encontram em prisom por trabalharem pola liberdade da Galiza. Enquanto umha ou um de nós se atopar nas gadoupas da Espanha, tod@s estaremos dalgum modo pres@s. Aliás, queremos tamém fazer um chamado ao vosso compromisso mais activo com aquelas mulheres e homes bons e generosos a quem a história qualificou um dia de “imprescindíveis”. Porque a Giana Gomes Rodrigues e o Ugio Caamanho Sam-Tisso fam parte desse tipo de seres humanos que, num país como a Galiza, som imprescindíveis. Companheiras e companheiros, berrai com nós: Viva Galiza Ceive! Liberdade para @s pres@s independentistas! Nom aos cárceres de extermínio!”