Administraçom autonómica financia com dinheiro público a construçom de quartéis da Guarda Civil

A aposta histórica do PSdeG-PSOE na força de ocupaçom denominada Guarda Civil, que a formaçom espanholista renovava publicamente nas redondezas do passado ‘Día de la Hispanidad’ através das declaraçons de Manuel Ameijeiras Vales e Delfín Fernández, tivo onte o seu reflexo na colaraboraçom económica que o bipartido destinará ao instituto armado espanhol. Umha quantidade significativa de dinheiro público (1 milhom de euros) investido para construir, conservar e melhorar os aquartelamentos do corpo repressivo na CAG. A Conselharia de Presidência assinava onte o convénio de colaboraçom com o Ministério de Interior espanhol para que o erário público galego destine um milhom de euros à criaçom e mantença dos quartéis. Segundo se assegura no pacto assinado, a administraçom central e a autonómica colaborarám para “favorecer o assentamento efectivo da Guarda Civil nos núcleos rurais desta comunidade” e fixa como objectivo “melhorar” (sic) através do reforçamento da presença e meios da organizaçom armada espanhola “as condiçons e qualidade de vida de todos os galegos”. A assinatura do convénio supom mais umha evidência da estreita colaboraçom que a administraçom bipartida, PSOE e BNG mantenhem com a Guarda Civil, sem que este compromisso tenha sido motivo de desavinças aparentes entre os membros do bipartido. De facto, na celebraçom do passado ‘Día del Pilar’ (patrona do instituto armado espanhol) alcaldes e concelheir@s de ambas formaçons participárom nos actos de homenagem a esta FSE. PSOE e BNG relativizam ditames da comissom do lume perante a reacçom da Guarda Civil A publicaçom do documento elaborado pola comissom institucional de investigaçom dos incêndios florestais abriu onte umha tímida polémica entre o bipartido e a Guarda Civil que tanto PSOE quanto BNG se esforçárom em desactivar. Segundo se afirma no texto, historicamente a “luita contra o lume” nunca foi “umha prioridade clara e definida” para as FSE destacadas no nosso País. A dizer de certos meios, a afirmaçom desta evidência provocou “perplexidade e indignaçom” entre os mandos militares espanhóis e umha imediata reacçom compensatória de repregamento por parte das autoridades políticas autonómicas que é absolutamente indicativa do peso da organizaçom armada no actual entramado institucional. Assi, a vice-presidenta do parlamento autonómico e porta-voz do BNG na Comissom de Incêndios, Tereixa Paz, teria declarado imediatamente o seu “respeito” pola opiniom da força de ocupaçom, declarando que “nom há nada que fale de ineficácia ou inoperáncia dos corpos e forças de segurança do Estado”. Paz asseverou, para suavizar o ditame da comissom e dar satisfacçom à reacçom do instituto armado, que em 2006 e “produzírom-se mais detençons do que nunca”, embora nom se deduza de tal facto qualquer priorizaçom da luita anti-incêndios por parte das FSE. Também o PSOE reagiu imediatamente à “perplexidade e indignaçom” da dirigência da organizaçom armada espanhola. @s ‘socialistas’ assegurárom, apesar da evidência contrária contida no documento, que “nom se pom em questom em nengum momento” o labor das FSE a respeito do monte galego. Tereixa Paz também pujo panos quentes às conclusons da comissom institucional, em que a Guarda Civil participara defendendo a “inexistência” de qualquer trama organizada detrás do sistemático desastre ambiental, afirmando que o ditame tinha “carácter geral e histórico”. “Prioridades” das FSE na Galiza De Ceivar somos totalmente contrári@s à militarizaçom e/ou policializaçom de actividades que se podem desenvolver perfeitamente por parte das instituiçons públicas e a auto-organizaçom da sociedade galega. Entendemos que, detrás da expropriaçom da capacidade de gestom e defesa do monte por parte das comunidades locais, além de existir um modelo sócio-económico e político rechaçável, há aliás umha tentativa de legitimaçom social da FSE, depositando nelas labores que difuminem o seu perfil de forças repressivas e de ocupaçom e permitam apresentá-las como o “serviço social” que nom som. Que, segundo umha comissom institucional, as FSE nom tivessem nunca como “prioridade” a defesa do monte galego, apesar de esta prática inscreber-se plenamente na retórica oficial da “defesa da sociedade” como objectivo formal das FSE, é avondo indicativo de que a finalidade da presença militar e policial espanhola no nosso País nom responde aos objectivos que se autoatribue. A comparaçom entre a ‘eficácia’ histórica das FSE na luita contra o MLNG e o controlo social no rural, por umha parte, e os nulos resultados obtidos no combate das tramas que, cada verao, provocam um desastre ambiental de magnitudes incomensuráveis, por outra, é avondo explícita para identificar quais algumhas das prioridades reais da presença das FSE na Galiza.