Sae livre sem cargos o independentista detido onte trás passar a noite na esquadra policial

Vinte pessoas recebiam às 13:15 h. desta manhá nos julgados das Fontinhas da capital galega o militante independentista P. M., detido na noite de onte por efectivos da Polícia espanhola e acusado dum suposto delito de ‘danos’. P. M. era posto em liberdade sem cargos quaisquer trás passar aproximadamente 15 h. nos calabouços da Polícia espanhola em Rodrigo de Padrom. O tratamento recebido polo jovem por parte da força de ocupaçom foi genericamente correcto, sem se produzir qualquer tipo de agressom física como as acontecidas no passado dia 21. Segundo vimos informando desde a noite de onte, efectivos da Polícia espanhola, municipais e Guarda Civil tentárom sem sucesso impedir na passada noite o trabalho informativo desenvolvido por grupos de pessoas solidárias para dar a conhecer a detençom e convocar a concentraçom decorrida hoje pola manhá perante o edifício judicial. O acto solidário celebrado perante os julgados para presionar pola posta em liberdade de P. M. era seguido por um discreto dispositivo de efectivos à paisana da Polícia espanhola. Detido pola sua suposta participaçom num acto de reivindicaçom lingüística Segundo soubemos trás a libertaçom do militante, a detençom estaria relacionada com as investigaçons policiais abertas para determinar responsabilidades penais pola deposiçom dumha língua de vaca morta no escritório da Vice-presidência da Junta na Praça da Quintá no passado dia 10. Esta deposiçom completava-se com a legenda “Assi quer ver a Junta a nossa língua” junto ao órgao animal e foi, segundo recolheu no seu dia o web da organizaçom juvenil Assembleia da Mocidade Independentista (AMI), que atribuiu a acçom a “uns desconhecidos”, umha denúncia simbólica da inibiçom e a política de imagem que pratica a administraçom autonómica perante a situaçom crítica em que se encontra o galego. O esclarecimento final da “causa” pola que foi detido o militante, sobre o que até o momento da libertaçom apenas se conhecia a existência dumha acusaçom genérica de ‘danos’, pode mover ao riso dado o carácter inofensivo do acto perseguido, embora é, vista através dumha focagem mais ampla da sequência de operaçons repressivas que se estám a produzir, todo um sintoma do nível de persecuçom e criminalizaçom a que está submetida a mocidade independentista organizada: que a Polícia espanhola se permita deter gratuitamente militantes e privá-l@s de liberdade durante um período extenso de tempo, utilizando para isto acusaçons nom fundamentáveis, evidencia a que ponto chegou a regressom das liberdades democráticas e a ‘caça’ d@ independentista desde 14 de Novembro de 2005. “Ilegalizaçom” da AMI está sendo já aplicada de facto Neste mesmo quadro de sintomas esclarecedores, situamos a identificaçom dumha jovem na passada noite por efectivos do 092 compostelano com o intuito de verificar “se levava cartazes da AMI” (!!!), mostra de que, com a campanha de criminalizaçom mediática que está a cair sobre a formaçom juvenil, para os corpos repressivos a sua declaraçom como ‘associaçom ilícita’ já começa a aplicar-se de facto, independentemente de que –segundo seria exigível num hipotético Estado de Direito- nengum tribunal espanhol tenha resolvido sobre este extremo. Somemos a estes factos pontuais a existência de seguimentos policiais a militantes com carácter permanente ou esporádico, a intervençom das comunicaçons electrónicas -favorecida pola prolongaçom sine die do segredo dos sumários abertos na Audiência Nacional sobre o independentismo galego- e a campanha de criminalizaçom de que é objecto a AMI, em que “todo vale” e nengum “jornalista” deve responder por realizar publicamente graves acusaçons penais carentes de fundamento, e teremos o quadro dum estado de excepçom da baixa intensidade aplicado a um sector da populaçom por motivos puramente políticos e ideológicos com a escusa de combater a violência política.