Comissom de Denúncia da Galiza organiza marcha à cadea d’A Lama

No que resta de ano 2006, diversos colectivos anti-repressivos galegos, entre os quais o nosso, tenhem previstas convocatórias de marchas anticarcerárias, de que iremos amiúde informando deste portal. A mais próxima é a do dia 26 de Novembro cara ao penal ponte-vedrês d’A Lama, segundo se pode ver no cartaz que anexamos na fotografia. O protesto é organizado pola Comissom de Denúncia da Galiza, colectivo de livre adesom de luita contra a tortura e os maus tratos em centros de detençom e custódia policial, em que o nosso Organismo Anti-repressivo participa. O penal nesta ocasiom alvo do protesto é conhecido por ser das cadeas mais duras das instaladas no nosso País.Inaugurada polos finais de 1999, supom um bom exemplo da política penitenciária do governo espanhol,baseada na construçom de macrocadeas construídas em zonas despovoadas,afastadas da sociedade co fim de criar centros marginais em que se reclua a pobreza. Segundo vinhérom denunciando nos últimos anos associaçons anti-repressivas como PreS.O.S.-Galiza e Esculca (Observatório polos Direitos e Liberdades),as condiçons de vida das pessoas ali retidas som realmente infra-humanas: sobrepopulaçom carcerária, faltas de atençom higiénica e sanitária,escandalosos estados de desnutriçom dos presos ou, chegando aos casos mais extremos, situaçons de torturas aberrantes: veja-se o conhecido caso do argelino Said Hacene, quem apareceu coa cabeça dentro do WC e umha corda ao pescoço, no módulo de isolamento, em 2004; ou a induçom ao suicídio, nessa mesma época,do preso P.M., a quem os funcionários dixérom ao metê-lo na cela “dá-me os cordons dos sapatos desportivos, mas deixo-che o cordom do fato de treino para que te colgues”; afinal fora metido numha cela individual da própria enfermaria, algemado à cama e recebera umha brutal malheira dos carcereiros. De Ceivar unimos a nossa voz à das associaçons que denunciam que, pese a que algum funcionário d’A Lama já tenha sido processado, como R.F.E. em 2003, por delitos de lesons a presos, a prática totalidade dos casos de maus tratos ficam na mais absoluta impunidade. Todos estes motivos som mais que suficientes para aderirmos a marcha contra a cadea e animar a todo o mundo à assistência ao acto. No vindeiro mês de Dezembro, no dia 23, a Comissom de Denúncia da Galiza convoca outra marcha contra o cárcere de Teixeiro, sob o lema HÁ MOTINS; HÁ MOTIVOS!