Militante independentista recebe de madrugada “visita” de antidistúrbios na sua morada para “entregar notificaçom”

Que Compostela é umha capital policial e repressiva é um facto compartilhado por um amplo sector da opiniom pública com independência de adscriçons políticas e a cuja socializaçom o trabalho anti-repressivo contribuiu notavelmente nos últimos anos. Quem milita no independentismo, nos centros sociais ou em iniciativas dissidentes do mais diverso tipo conhece em própria carne o papel essencial que o 092 compostelano joga neste desenho repressivo de carácter altamente político em que acalar as vozes da rua, particularmente, as independentistas, é umha pedra angular. O ‘parque temático’ compostelano nom admite umha dissidência activa. O panorama global desenhado mais arriba continua dando mostras de veracidade. Um militante galego recebia por volta das 12:00 da noite passada a visita de dous antidistúrbios na sua morada. Apesar da negativa do vizinho a abrir o portal da casa aos agentes, dado o inapropriado da hora para fazer comunicaçons oficiais, os polícias penetrárom finalmente no edifício e dirigírom-se até o andar onde reside o militante, que abriu a porta trás os polícias petar repetidamente nesta. Perante o protesto do afectado, que assegurou encontrar-se durmindo, um dos agentes assegurou que “esta nom é a hora a que se deita vostede normalmente” (!). Trás umha forte discusom que motivou a abertura de outras habitaçons do edifício, e perante a negativa do afectado a recolher qualquer documentaçom fora de horas ‘normais’, os antidistúrbios marchárom com a documentaçom assegurando que comunicariam aos julgados a “negativa” do notificado a recolher o documento. Também no centro de trabalho A mesma incidência produzia-se na tarde de onte no centro de trabalho do militante afectado: outros dous agentes da Polícia Local de Compostela penetravam numha das naves da empresa, deslocando-se até o quarto no que a pessoa a notificar está destinada e comunicando-lhe a necessidade de recolher umha documentaçom do julgado. Dado que nem o centro de trabalho é o lugar adequado para a realizaçom de tais trámites, nem o afectado tem entregado ao 092 o seu endereço laboral para que o corpo repressivo realize ali qualquer notificaçom, o afectado rechaçou recolher a documentaçom e remitiu os polícias ao domicílio particular. É umha incidência de ordem menor, mas muito ilustrativa do ‘talante’ das forças policiais de que é responsável o governo de coligaçom municipal PSOE-BNG. A apariçom de antidistúrbios a altas horas da noite nos domicílios particulares de militantes independentistas conhecid@s publicamente e sobre os que o 092 parece ter um controlo exaustivo –até horários de durmir, segundo parece- nom tem outra finalidade que a provocaçom, a ‘marcagem’ perante o contorno social d@s afectad@s e a intencionalidade clara de utilizar a força e a autoridade para atemorizar.