Guardas civis anunciam que se negarám a utilizar e entender o galego nas interacçons que mantenhem com a populaçom

A velha legenda “Hable bien. Sea patriota. No sea bárbaro”, difundida em milhares de brochuras pola Imprenta sindical de Crunha na Longa Noite de Pedra do século XX, encontra relevo na prática lingüística dos agentes da Guarda Civil destacados na Galiza sessenta anos depois. Membros da força de ocupaçom espanhola anunciavam antonte a sua intençom de nom utilizar nem entender o galego nas interacçons que devem manter com a populaçom. Fundamentam a sua determinaçom no actual quadro jurídico-político, que impom a obrigatoriedade de conhecer o espanhol e o “direito” a usar o galego. Números do instituto armado vinculados à denominada ‘Unión Federal de Guardias Civiles’ cruzavam antonte a raia que separa a extendida prática da toleráncia hipócrita e a beligeráncia directa face o galego. Dirigentes da associaçom corporativa declaravam publicamente que utilizarám exclusivamente o espanhol nas interacçons que mantenhem com a populaçom galega “pese a quien pese” –reproduzimos literalmente- dado que é “a única língua que todos os espanhóis tenhem a obriga de conhecer”. O “pese a quien pese” sugire a possibilidade de os militares incumprir qualquer normativa legal que alterasse os seus hábitos lingüísticos. A firme determinaçom dos agentes ligados a UFGC impossibilita que qualquer galego-falante poda interactuar com os números em caso de necessidade. Dado que, segundo a Constituiçom espanhola, os popularmente conhecidos como ‘picoletos’, nom tenhem obriga legal de entender o galego, o “direito” a utilizá-lo por parte d@s galego-falantes fica em papel molhado. Trámites administrativos, processos judiciais, apelaçons, recursos, etc. realizados em relaçom à organizaçom armada espanhola no território da CAG serám inviáveis para as pessoas que falam a língua do País. Dispostos a todo A associaçom corporativa de guardas civis assegura que o Executivo de Madrid “presionado polos nacionalistas” incluirá a obrigatoriedade de que os funcionários do Estado destinados na CAG contestem em galego àquel@s cidadá(n)s que assi lho demandem. Segundo UFGC, a passada quinta-feira o ministro espanhol de Administraçons Públicas, Jordi Sevilla, teria alcançado este compromisso com vistas ao processo de reforma da Lei da Funçom Pública. Os membros da força militar estrangeira manifestam-se dispostos a elevar o seu pleito contra o galego “às mais altas instáncias judiciais”, sabedores de que o vigente quadro constitucional –artigo 3.1 da Constituiçom espanhola de 1978- ampara a posiçom juridicamente predominante do espanhol. Os guardas civis apontam, aliás, que os ridículos avanços experimentados no emprego da língua nacional nos ámbitos institucionais som “o fruto de partidos minoritários na sociedade”, confundindo intencionadamente os inalienáveis direitos lingüísticos do nosso povo com a representaçom institucional de opçons galegas.