ANT admite que a futura Polícia espanhola da CAG será um corpo “complementar” das FSE e com funçons “muito limitadas”

Enquanto os profissionais da política se encerelham a cruzar declaraçons a cada mais vazias de conteúdo sobre a constituiçom do futuro corpo repressivo da CAG, as evidências imponhem-se. O jornal autonomista ‘A Nosa Terra’, porta-voz oficioso do BNG, reconhece na sua ediçom desta semana que o corpo policial em gestaçom será puramente “complementar” das FSE. ANT admite também que o projecto e os ritmos da sua implantaçom dependem directamente de Madrid. Segundo o semanário galego, a nova Polícia espanhola “nom terá tantas funçons como a basca e catalá”. Assi, por exemplo, recorda que no apartado de ‘segurança cidadá’ a ‘Polícia da Galiza’ “só vai encarregar-se num princípio da vigiláncia dos edifícios públicos e da prestaçom de auxílio em matéria de salvamento”. A mesma tónica repite-se a respeito do plano administrativo e judicial nos que as FSE continuam detentando a centralidade da acçom preventiva e repressiva. Madrid dirige o processo e definirá os seus ritmos Outro aspecto relevante reconhecido polo semanário galego é que é o Estado em todas as fases do processo de criaçom do novo corpo policial quem define o desenvolvimento do mesmo. Tal realidade é um lugar comum entre os assalariados da política. Assi, o ex titular de Interior Xesús Palmou (PP) admite agora “a resistência dos governos de Madrid, tanto o do PSOE quanto o do PP” e assegura que as reticências espanholas a dar luz verde ao processo nom fôrom principalmente competenciais, mas particularmente financeiras. Méndez Romeu, actual titular de Presidência e artífice do projecto, afirma em A Nosa Terra que “tem que ficar claro que a implantaçom vai ser progressiva e lenta” porque é Madrid quem paga. A condiçom de projecto de Estado da denominada ‘Polícia da Galiza’ fica evidenciada nas palavras dos porta-vozes de PP, PSOE e BNG, pondo em grave compromisso a veracidade das declaraçons de dirigentes ‘socialistas’ e ‘nacionalistas’ que, dias atrás, definiam o novo corpo repressivo como “um símbolo de autogoverno” e até como “umha polícia integral”. O lançamento da nova instituiçom autonómica custará, segundo a administraçom da CAG, 260 milhons de euros no primeiro ano e 80 milhons anuais no sucessivo. “Todos estes cartos vai haver que negociá-los muito bem com o Estado”, afirma Pablo González Mariñas, participante em representaçom do BNG na elaboraçom do projecto de lei. O modelo policial ‘nacionalista’ Embora a lentidom e as reticências políticas e financeiras de Madrid, a via para a substituiçom plena das FSE por umha instituiçom policial ‘autóctone’ fica livre. O artigo 15.3 do projecto de lei deixa a porta aberta à assunçom total de competências num prazo indefinido e em funçom dos ritmos definidos por Madrid. A letra do projecto evidencia portanto a orientaçom estratégica tendente à substituiçom, apesar de que talvez a imadurez e falta de rodagem da ‘Polícia da Galiza’ desaconselhe às autoridades policiais espanholas umha cesom competencial acelerada. O semanário autonomista aponta finalmente que o projecto de lei foi consensuado com o BNG, embora o modelo da formaçom galega era “mais ambicioso”. Segundo explica González Mariñas, o modelo inicial do BNG defendia “que a Polícia Nacional [espanhola] tivesse umhas funçons semelhantes às do FBI americano, controlando basicamente os temas de crime organizado, terrorismo e controlo de fronteiras”. Informaçom pública, mas inacessível O linque que facilita o acesso ao texto final do anteprojecto de lei da ‘Polícia da Galiza’ aparece desde há quase 48 horas no web oficial da Junta da CAG com o objectivo suposto de abrir “um processo transparente de informaçom”. Embora, o acesso ao documento é impossível segundo temos confirmado desde diferentes IPs e computadores.