Touriño anuncia a pronta criaçom dum novo corpo policial de acompanhamento às FSE e assegura que é “umha velha aspiraçom”

O presidente da administraçom autonómica Emilio Pérez Touriño anunciava hoje no parlamento da CAG a aprovaçom nas próximas semanas do Projecto de Lei para a criaçom da ‘Polícia da Galiza’. A iniciativa é parte dos acordos PSOE-BNG e será aprovada polo Conselho da Junta trás os trámites jurídicos preceptivos. A informaçom facilitada por Pérez Touriño surgia como resposta à pergunta parlamentar formulada polo deputado Carlos Aymerich (BNG) em favor dumha “autêntica polícia integral galega”. O presidente da CAG afirmou que o novo corpo repressivo será “um elemento especial de dinamizaçom do autogoverno” e recordou a sua frase preferida “desenvolverá-se dentro dos parámetros estabelecidos pola Constituiçom e o Estatuto de Autonomia”, sendo “mais próximo à sociedade galega e mais adaptado a um contexto histórico e social da Galiza”. Aliás, Touriño apresentou o novo corpo policial como a superaçom dos actuais convénios de colaboraçom com o Ministério de Interior que davam passo em 1991 à unidade da Polícia espanhola adscrita à Junta da CAG. O presidente autonómico assegurou que “tem na cabeça” umha polícia “aberta” à integraçom de agentes da Guarda Civil e a Polícia espanholas e recordou por enésima vez que nom estamos perante umha pretensom de “eliminar” a presença dos outros corpos repressivos de que dispom o Estado no nosso País. Finalmente, apontou que o projecto do Conselho da Junta recolherá um “amplo espaço” à participaçom da cidadania na programaçom e execuçom das políticas públicas de segurança e assegurou que o novo corpo policial é “umha velha aspiraçom” (sic) d@s galeg@s. Colaboraçom com as FSE como identidade central Touriño aproveitou a ocasiom para anunciar a próxima aprovaçom de outras duas iniciativas legislativas por parte da administraçom que preside. Trata-se do Projecto de Lei da Academia de Segurança da Galiza, focada à formaçom dos agentes do novo corpo repressivo, e o Projecto de Lei de Coordenaçom de Polícias Locais, de aprovaçom imediata e assumido pola Fegamp e as associaçons policiais, que visa um reforçamento das Polícias locais nos principais núcleos urbanos. A vocaçom complementar e subordinada com que nasce a ‘Polícia da Galiza’ foi recalcada por Pérez Touriño quem destacou que o “modelo galego” caracterizará-se pola colaboraçom com as FSE. Visando este objectivo, criarám-se órgaos de coordenaçom como a Junta de Segurança da Galiza e o Centro de Elaboraçom de Dados para o Serviço Policial. O primeiro intercomunicará os diferentes corpos e o segundo “estará encarregado da captaçom, análise, classificaçom, elaboraçom, depósito e conservaçom dos dados precisos para o exercício das funçons policiais”, segundo informa o web da Junta. A “participaçom cidadá” a que aludiu Touriño concretava-se finalmente na criaçom dum órgao consultivo denominado Comissom Galega de Segurança em que participarám membros da administraçom do Estado na CAG, administraçom autonómica, local e judicial. Posiçom do BNG A intervençom de Carlos Aymerich na câmara autonómica explicitava hoje qual a posiçom do BNG a respeito do modelo policial para a CAG. Embora o deputado galego se declarou partidário dumha “autêntica polícia galega integral”, o anteprojecto de lei a que necessariamente se deve remitir define umha polícia muito mermada competencialmente e depositária das funçons principais de qualquer polícia estatal nas FSE. Aymerich apontou que vivemos numha “sociedade cheia de riscos” (sic) e sulinhou a “fasquia peculiar” que estes teriam na Galiza em alusom ao envelhecimento do rural, precisando dumha “resposta diferente”. O deputado assegurou, contrariando as declaraçons que Anxo Quintana tem realizado em mais de umha ocasiom e o desenho do novo corpo policial, que “queremos umha polícia integral que vaia substituindo progressivamente as Forças de Segurança do Estado”. Esse corpo garantiria, segundo Aymerich, “umha situaçom em que os direitos e liberdades podem exercer-se sem coacçom” (sic). Finalmente, o porta-voz parlamentar do Bloco exprimia o apoio ao projecto e definia como “oportunidade” que muitos indivíduos originários da Galiza assalariados na Guarda Civil desejariam “fazer parte dumha autêntica polícia galega” (sic). A alusom de Aymerich liga directamente com as demandas efectivadas recentemente por membros dumha associaçom de guardas civis a um alto dirigente do BNG a respeito do seu interesse por realizar as suas funçons no território da CAG. Finalmente, exercendo como experto policial, o parlamentar autonomista criticou a “notória descoordenaçom” entre a Polícia espanhola e a Guarda Civil apesar de responderem ambos corpos repressivos a um mando único desde o passado 8 de Setembro. O áudio com as declaraçons de Aymerich em favor do novo modelo policial espanhol pode-se ouvir no linque inferior.