Guarda Civil descarta agora a tese da trama organizada e responsabiliza a sociedade civil da vaga incendiária

Defendida no seu dia polo ministro de Interior espanhol Pérez Rubalcaba, porta-vozes da Guarda Civil e funcionários da administraçom autonómica, a tese da existência de organizaçom mafiosa e desenho estratégico trás a vaga incendiária de Agosto parece ter sido enterrada “por consenso”. O guarda civil Celso Rodríguez, coordenador do ‘Servicio de Protección de la Naturaleza’ na CAG, apresentava-se antonte na comissom de estudo dos incêndios e descartava tal possibilidade. Segundo Rodriguez, o responsável da catástrofe seria a sociedade civil galega. “Nom há dados que indiquem planificaçom, induçom, nem intencionalidade manifesta de criar alarme”, afirmou o militar convidado à comissom institucional apoiando-se nas investigaçons realizadas pola organizaçom armada espanhola. Rodríguez foi ainda mais explícito ao apontar que “nom há elementos de juízo que indiquem umha planificaçom antecipada destes incêndios, ou coordenaçom dos seus autores”. Rodríguez apresentou como prova da sua tese que “nom há relaçom algumha” entre as 57 pessoas detidas pola Guarda Civil “nem induçom externa de acçons conjuntas”. “Liortas familiares e vinganças” O mando do Seprona avalizou à tese ‘oficial’ segundo a que é a própria populaçom civil a que incendia o País ano trás ano e aludiu ao “arreigado uso do lume” na Galiza como argumento explicativo. Aliás, citou como motivaçons “o resentimento social, o desfrute com a sua participaçom na extinçom, ou o transtorno psicológico com o lume, combinados com o consumo de álcool”. Como bom espanhol, Rodríguez nom esqueceu apontar-se aos tópicos espanhóis sobre o carácter galego e pujo como causas deste desastre ambiental “liortas familiares e vinganças” (sic). O guarda civil assegurou aliás que o perfil das pessoas detidas é de homes entre 31 e 39 anos, que agem nos seus termos municipais e “de maneira independente” e incidiu na condiçom de indivíduos pessoal e socialmente desestruturados como elemento explicativo do ocorrido e “prova” de que a actuaçom organizada e os interesses especulativos e imobiliários nada tenhem a ver com o deslocamento para o litoral das áreas incendiadas em Agosto.