Rádio Galega difunde a convocatória de 9500 vagas para guardas civis e polícias espanhóis

Que os corpos repressivos espanhóis se nutrem maioritariamente de pessoas procedentes dos territórios social e economicamente mais deprimidos do Estado, perceptoras das rendas mais baixas e a mais alta instabilidade laboral e caracterizadas por níveis de consciência sócio-política mais atrasados, é umha evidência tam patente quanto o facto de que a massa juvenil galega reune boa parte destas características e é, portanto, umha das canteiras potenciais onde Guarda Civil, Polícia espanhola e Instituiçons Penitenciárias procuram os seus efectivos. As campanhas institucionais focadas a captar jovens galeg@s para o Exército e os corpos policais e carcerários estám ai para demonstrá-lo. A rádio pública da CAG nom quijo substrazer-se à tendência e nos últimos dias, anuncia reiterativamente nos seus espaços publicitários a convocatória de 4000 vagas para agentes da Guarda Civil e 5500 para Polícia espanhola. Academia Postal é a entidade privada que se publicita para formar umha parte dest@s 9500 agentes da repressom que precisa o Estado e que, desde 1968, e com umha expansom importante em todo o território nacional e estatal, se encarrega da formaçom de pessoal para os corpos repressivos e outras instáncias da administraçóm espanhola. Rechaço social Em termos mercantis nada há que dizer ao facto de que umha empresa privada anuncie os seus serviços num meio de difusom público. No entanto, a questom muda se trazemos em conta umha visom mais ampla, social e virada sobre a realidade do País. Teriamos que falar, entom, de instituiçons estatais que procuram os seus efectivos num mercado laboral e umha sociedade desarticulados, de empresas privadas que tenhem por negócio a formaçom de agentes da repressom e duns meios de difusom pública sem reparos a servir de porta-vozes dumha política estabelecida sobre umha mestura de alienaçom e precariedade. De Ceivar, como organismo anti-repressivo dum movimento sócio-político que é permanentemente alvo da acçom policial, já seja em forma de investigaçom de pessoas e comunidades, detençons, criminalizaçom, agressons, etc., chamamos a populaçom galega e, particularmente, à juventude deste País, a rechaçar as campanhas institucionais e privadas de incorporaçom às forças de ocupaçom espanholas e a socializar, cada quem na medida das nossas possibilidades, umha rejeiçom política e humana a quem se tornam assalariad@s dàquelas e aceitam participar na repressom a cámbio dumha nómina fixa.