Polícias espanhóis impedem a realizaçom dum mural em Ourense com a legenda ‘Galiza ceive, poder popular!’

A persecuçom do exercício da liberdade de expressom nos principais núcleos urbanos deste País está à ordem do dia. O que, teoricamente, é um direito fundamental e inalienável, vira-se na prática num exercício de relativo risco que pode provocar detençons, juízos, consideráveis sançons económicas, etc. Jovens de Galiza Nova de Ourense eram objecto no passado dia 16 dum novo atropelo contra o exercício dos direitos fundamentais que como galeg@s nos correspondem. Um grupo de militantes da organizaçom juvenil do BNG realizavam na cidade do Minho o sábado citado um mural sob a legenda ‘Galiza Ceive, poder popular’. Por volta das 23:30 h. um grupo de efectivos da Polícia espanhola personava-se no lugar procedendo à identificaçom d@s moç@s nacionalistas e ‘requisando’ o material de que dispunham para confeccionar o mural. Aliás, os agentes espanhóis assegurárom que se poriam em contacto com o/a dono/a da tápia, que carece de qualquer valor patrimonial, para incitá-lo/a a apresentar denúncia contra @s jovens. Finalmente, apontárom também que interporiam a sua própria denúncia por “lixar a beirarrua”. Estratégia de erosom A enésima intervençom policial contra o exercício da liberdade de expressom neste País revestiu-se, como é norma na ‘democracia’ espanhola, de “protecçom do património” e “cuidado do ornato da cidade”, embora a tápia afectada carecer de qualquer valor estético ou patrimonial. Recentemente, outro jovem de Galiza Nova em Ourense era condenado a pagar 601 € por colar num valado de tábuas de madeira que cercava umha obra cartazes que anunciavam o Festigal. De Ceivar temos constatado nos últimos anos centos de casos idênticos nas principais vilas e cidades do País onde se desenvolve actividade nacionalista de base. A reiteraçom dos mesmos leva-nos a rechaçar qualquer hipótese de ‘acaso’ nestes acontecimentos e a acreditar na existência de directrizes institucionais por parte da Delegaçom do Governo espanhol na CAG e dos Conselhos Locais de Segurança tendentes a fazer impraticável de facto o exercício da liberdade de expressom sem proceder a umha suspensom formal deste direito. Desobediência Entendemos, aliás, que esta estratégia, implementada em muitas outros núcleos urbanos do Estado espanhol, procura a desactivaçom a um certo prazo de tempo da contestaçom social e política nas ruas, empregando para isto a imposiçom dumha erosom económica sostida e o processamento judicial e/ou administrativo de centos de activistas e militantes em toda a Galiza. Perante este cenário fáctico, o nosso organismo apela a colectivos sociais, organizaçons, individualidades, etc. a nom aceitar a chantagem institucional mantendo e reforçando a actividade informativa, propagandística e de denúncia nos espaços públicos frente a estas práticas repressivas e as ordenanças de ámbito local que as ‘legalizam’. Aliás, convidamos a impulsionar dinámicas sociais de resposta o mais amplas possíveis ali onde se produzam atropelos contra a liberdade de expressom, evitando que a repressom se volva algo socialmente invisível e nom tenha qualquer tipo de custo para quem promovem estas estratégias anti-democráticas.