Polícia municipal viguesa destacou-se em 2005 na imposiçom de travas à liberdade de expressom

A Memória 2005 da Polícia local de Vigo é um informe de 118 páginas apresentado ontem no que se recolhem as estatísticas definitórias das actividades desenvolvidas polo corpo repressivo municipal. Além da multidom de dígitos que apresenta o documento, o informe policial indica claramente umha tese que vimos sostendo de este portal: que as polícias municipais da CAG som um elemento essencial na repressom da liberdade de expressom nos principais núcleos urbanos do País e que venhem descarregando os corpos repressivos do Estado de funçons menores apesar de manter umha estreita vinculaçom com estes. Assi, o texto apresentado onte em Vigo polo edil de Tránsito Antonio Coello (PP) destaca que o 092 realizou 3061 acçons destinadas a dar cumprimento ao ‘bando de ornato’, ordenança de ámbito local que sob a premisa da ‘limpeza’ e a ‘protecçom do meio’ suspende o exercício dum direito fundamental como é a liberdade de expressom. Segundo a Memória 2005, a Polícia municipal viguesa deu por volta de 800 ordens de apagado de pintadas e 265 de retirada de cartazes. Este ‘serviço’ policial derivou na imposiçom de dezenas de sançons económicas e juízos contra @s cidadáns implicad@s nas identificaçons. “Modernidade” Destaca no informe a detençom de 51 cidadáns e cidadás viguesas durante 2005 por “desobediência grave” e “atentado contra agentes da autoridade”, elásticas tipologias delitivas que em multidom de ocasions tenhem sido utilizadas para encubrir ou justificar intervençons violentas como algumhas das que se veu implicado o corpo repressivo local durante o passado ano. Apontar também o dado significativo do levantamento de partes por 5020 por ‘actos vandálicos’ e como o erário municipal ingressa provavelmente importantes quantidades através do apartado de multas por tránsito rodado (61.319 sançons colocadas) que gire o 092. Coello destacou o “magnífico trabalho realizado pola Chefatura para transformar a Polícia e o esforço dos agentes por melhorar o serviço ao cidadám”, enquanto o inspector chefe, Carmelo del Castillo, resumia os objectivos do corpo policial como “modernizaçom, transparência e compromisso”. No entanto, a participaçom do 092 viguês na repressom do protesto social contra o PGOM e a condenaçom a prisom de quatro agentes municipais por sequestrar e maltratar física e psiquicamente o cidadám senegalês Mamadou Kane, assi como o posterior indulto concedido polo Conselho de Ministros, que facilitou a sua reintegraçom à Polícia local viguesa trás um acordo plenário, aparecem como alguns dos lunares mais pretos dumha instituiçom bastante menos transparente e democrática do que apontam os seus responsáveis políticos.